A jovem Mirella Granconato foi absolvida da acusação de autoria intelectual do homicídio da universitária Giovanna Tenório de Andrade, mas foi condenada por ocultação de cadáver. O julgamento aconteceu durante todo dia, desta quarta-feira, 11, pela 8ª Vara Criminal da Capital, no Fórum do Barro Duro, em Maceió.
De acordo com a assessoria do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), a ré foi condenada pelo crime de ocultação de cadáver, a menos de quatro anos, e deverá cumprir a pena em liberdade. Mirella deverá prestar serviços à comunidade, diariamente, por uma hora e deve pagar uma indenização de R$ 20 mil à família de Giovanna Andrade.
O promotor de Justiça Antônio Villas Boas, sustentou a tese de homicídio duplamente qualificado, praticado com requintes de crueldade, mas o Tribunal do Júri decidiu por absolver a ré. O MPE informou que irá recorrer da decisão.
O CASO
Giovanna Tenório foi encontrada morta no dia 06 junho de 2011, em estado avançado de decomposição, num canavial, no município de Rio Largo. O corpo da estudante estava enrolado em um lençol e apresentava sinais de violência na região das costas. Os peritos também encontraram um cordão de nylon no pescoço da vítima, que trajava as mesmas roupas de quando desapareceu.
Antônio Bandeira e a mulher, Mirella Granconato tiveram seus nomes relacionados ao rapto e morte da estudante. Giovanna já manteve um caso amoroso com o empresário que havia negado que era casado. Tudo foi descoberto em uma festa em uma boate noturna de Maceió, onde Tony estava na companhia da mulher que flagrou um suposto encontro entre ele - o marido- e Giovanna.
As duas teriam discutido bastante e chegaram a trocar empurrões. Dias após, Mirella chegou a ameaçar por telefone a ex-amante do marido, que manteve alguns encontros com Tony às escondidas, conforme relatos de amigos da estudante.
No dia que a jovem desapareceu, ela teria avisado a família, antes de sair de casa, que não retornaria para almoçar. Giovanna passou a manhã participando do estágio do curso que era matriculada, no Cesmac. O estágio acontecia no Dique Estrada, região Sul de Maceió.
A retornar do estágio Giovanna teria falado a amigas que ia almoçar com um 'amigo' em um restaurante localizado próximo da agência do Banco do Brasil da Avenida Thomaz Espíndola, no bairro do Farol.
Amigas de Giovanna alegam que a estudante não falou o nome do 'amigo', mas demonstrava muita alegria. Foi esse 'amigo' que teria telefonado para ela pedindo para se apressar, pois já estava aguardando a moça. Este foi o último dia que amigos e parentes viram Giovanna com vida.
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