Alagoas é a unidade da federação com o maior número de “coincidência biométrica”, ou seja, registros de títulos eleitorais duplicados ou múltiplos. São 2.868 títulos nesta situação no Estado, seguido de São Paulo, com 2.377. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram repercutidos pelo site Antagonista nesta segunda-feira, 9.
As ocorrências são remetidas para análise do juiz eleitoral respectivo, que pode comprovar a duplicidade ou multiplicidade, determinando o cancelamento das inscrições eleitorais e até a abertura de processo criminal em casos de fraudes, ou constatar o “falso positivo”.
Alagoas também está entre as quatro unidades federativas, juntamente com Sergipe, Tocantins e Distrito Federal, que praticamente finalizaram o processo de recadastramento biométrico em mais de 99%. Os dados são do dia 8 de outubro de 2017. Conforme dados do TSE, este ano, dos 2 milhões, 126 mil e 538 eleitores alagoanos, 2 milhões, 119 mil e 124 integra o eleitorado com biometria.
Uma pessoa, 52 títulos
Em entrevista ao Estadão, Giuseppe Dutra Janino, secretário de Tecnologia da Informação do TSE destacou que, após o cadastramento biométrico de cerca de 64 milhões de eleitores, a Justiça Eleitoral encontrou aproximadamente 25 mil registros de título de eleitor duplicados ou múltiplos. Segundo ele, um único eleitor possuía 52 títulos.
Ele não informou a localidade onde a fraude foi descoberta, mas frisou que a expectativa é que até 2022 todos os eleitores brasileiros participem de um novo cadastramento.
Depois de Alagoas e São Paulo, o ranking das coincidências biométricas segue com Rio Grande do Norte (1.963); Goiás (1.927); Maranhão (1.382); Pernambuco (1.299); Sergipe (990); Piauí (938); Ceará (879) e Paraíba (821).
O número de eleitores cadastrados biometricamente representa menos da metade, 44%, dos mais de 146 milhões aptos a votar. O cadastramento, porém, ainda não é obrigatório em todos os municípios.