Ministério Público de Alagoas responde a texto deste blogueiro

05/10/2017 10:25 - Blog do Celio Gomes
Por Redação

Publico abaixo mensagem enviada ao CADAMINUTO pelo procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça. É uma resposta ao texto que publiquei, neste espaço, sobre interceptações telefônicas feitas por órgãos de segurança. Leia o que diz o chefe do Ministério Público Estadual de Alagoas:


Caro jornalista, informado sobre o conteúdo de publicação sob sua responsabilidade na matéria "Telefones grampeados em Alagoas", datada do dia 04 deste mês, permita -me, por respeito à informação para os leitores, o esclarecimento das referências à minha pessoa: 

 

- Questionado pelo jornalista Davi Soares, via Whatsapp, sobre a opinião do Ministério Público Estadual acerca de recomendação oriunda do MPF sobre interceptações telefônicas capitaneadas por policiais militares, expressei meu posicionamento de chefe do Ministério Público alagoano, explicando que considero legítimo o uso da mão de obra qualificada de agentes públicos, neste caso, de policiais militares, para acompanhar interceptações telefônicas requeridas judicialmente por promotores de Justiça e deferidas pelo Poder Judiciário, pois elas são legítimas e devidamente fiscalizadas por nossos membros. Tais questionamentos já foram muitas vezes esclarecidos e debelados nas instâncias superiores  judiciárias. E este também é o meu entendimento. 

 

- É importante lembrar que o controle externo da atividade policial das forças de segurança estaduais é da alçada do Ministério Público Estadual de Alagoas. Portanto, é legítimo que eu possa  expressar minha oposição sobre o tema, não sendo ela uma defesa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) ou do próprio governo. 

 

- A grandeza do Ministério Público alagoano não comporta atitudes “extravagantes”, como foi mencionado por este blogueiro. Eu não as praticaria. Inclusive, deixo claro desconhecer a existência de “grampos telefônicos” nas dependências da SSP ou de qualquer outra repartição pública de Alagoas. E, em havendo isso, defendo a prisão imediata dos criminosos. 

 

- Quero crer que sua escrita não deve obedecer à subordinação de interesses de outrem, então, da mesma forma, asseguro-lhe que minha conduta nunca, ontem, hoje e amanhã, jamais será fruto de subordinação, salvo aos ditames da lei.  

 

Alfredo Gaspar de Mendonça

Procurador-geral de Justiça

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