O advogado Igor Gonçalves Ferro, que foi preso durante uma operação deflagrada na cidade de Palmeira dos Índios, na última quinta-feira (28), está cumprindo prisão domiciliar após uma determinação da 17ª Vara Criminal da Capital.

Nesta quarta-feira (27), a Justiça realizou a determinação, que, segundo o advogado de defesa de Igor, Gedir Campos, precisou de “muita luta” para que fosse possível.

Segundo Gedir, desde a quinta-feira, Igor estava na sede da Deic. “Ele estava sem colchão, sem ter direito a tomar banho e o delegado descumpriu a ordem da Justiça que tinha determinado que Igor estivesse em prisão domiciliar”, contou.

Para o advogado, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Alagoas, foi de extrema importância para que Igor conseguisse a prisão domiciliar.

“Não há Sala de Estado-Maior, devido a isso, meu cliente deveria estar em casa, mas o delegado desobedeceu e Igor ficou todos esses dias na Deic”, informou.

A Justiça ainda não decidiu sobre a revogação da prisão, mas em breve, a defesa deverá entrar com um pedido de habeas corpus.

Sobre a prisão de Igor, Gedir disse que a prisão do cliente foi sem “fundamento”. “O Igor é advogado, mas disse que antes dele se formar, ele foi estagiário do Ministério Público de Palmeira dos Índios e ele, como estagiário, analisava inquérito, dava parecer.

"Aconteceu de um rapaz ser preso com uma pequena quantidade de drogas e Igor, conversou com outro advogado no telefone, e disse que o entendimento dele era de converter de uma prisão de tráfico para uso de drogas”, enfatizou.

Segundo o advogado de defesa, o parecer nunca foi aceito pela Justiça e Igor já não é mais estagiário do MP. “Ele está preso de forma desnecessária. A polícia entendeu que como ele emitiu uma opinião, seria um tipo de tráfico de influência”, finalizou.