Na manhã desta terça-feira (03), o Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas voltou a analisar a ação penal contra o prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa, que é acusado de lesão corporal e ameaça. Segundo a assessoria de comunicação do TJ, o Pleno decidiu revogar a prisão preventiva e aplicar medidas alternativas.
Ainda segundo a assessoria, entre as medidas alternativas, está à implantação a tornozeleira eletrônica no acusado, a disponibilização de um botão do pânico para as vítimas, e a proibição de o prefeito se aproximar delas, além do porte de armas.
Votaram para revogar a prisão o juiz convocado Maurílio Ferraz e os desembargadores Tutmés Airan, José Carlos Malta, Fernando Tourinho e Pedro Augusto Mendonça, este último tendo alterado, na sessão desta terça, o seu voto proferido na sessão no dia 5 de setembro.
Votaram para manter a prisão preventiva os desembargadores João Luiz, Elisabeth Carvalho, Paulo Lima, Fábio Bittencourt e Domingos Neto.
Conforme a assessoria, o Pleno também decidiu por unanimidade, receber a denúncia do Ministério Público. O prefeito seguirá respondendo o processo pelos crimes de lesão corporal contra sua esposa, Meiry Emanuella Oliveira Vasconcelos, por duas vezes, além de lesão corporal e ameaça contra a sogra, Rosineide de Oliveira Vasconcelos.
Violência Doméstica
De acordo com o processo, Meiry Emanuella Oliveira Vasconcelos foi agredida tal forma que chegou a desmaiar devido aos fortes golpes que levou, bem como que sua mãe, Rosineide de Oliveira Vasconcelos, que só não foi agredida com um pedaço de pau porque Jacyara de Oliveira Vasconcelos, irmã da vítima, conseguiu intervir.
Após a última agressão, Meiry Emanuella foi ao plantão do Complexo de Delegacias Especializadas e encaminhada a 2ª Delegacia Especializada Defesa da Mulher, na qual prestou queixa e entregou uma arma de fogo de propriedade do Leopoldo César, em seguida, foi encaminhada para fazer o exame de corpo de delito.
A Polícia, Meiry Emanuelle relatou que não rompia o relacionamento por medo, porque quando dizia que queria se separar, já que não aguentava mais a situação, Leopoldo Pedrosa afirmava que “se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém”. A vítima disse que teme bastante por sua vida e de sua família, pois um irmão seu foi morar no Rio de Janeiro por causa das ameças do agressor.