Na tarde desta quinta-feira, 28, o caminhoneiro Luiz Alberto da Silva, acusado de assassinar a estudante de fisioterapia Giovanna Tenório, em junho de 2011, disse em seu depoimento no Fórum do Barro Duro, que é inocente. O suspeito afirmou não conhecer nenhuma das pessoas evolvidas no caso e negou ter matado a Giovanna. O julgamento que é presidido pelo juiz John Silas, está acontecendo no Fórum do Barro Duro e só deve ser concluído nesta sexta-feira, 29.

O defensor público, Thiago Mota, que faz a defesa do caminhoneiro, destacou que seu cliente é a única pessoa pressa no processo que aponta Mirella Graconato, esposa de Antônio Bandeira, com que a estudante teria tido um relacionamento, de ser a mandante intelectual do crime.

Na parte da manhã o advogado de defesa do acusado alegou que não existem provas que indiquem qualquer tipo de relação entre o caminhoneiro e Mirella. Uma das testemunhas de defesa não foi intimada a tempo, porém um Oficial de Justiça teria ido ainda hoje solicitar a sua presença no julgamento.

Acusação

O promotor de Justiça, Antônio Vilas Boas, que está na acusação defende a tese de que Luiz teria agido a mando de Mirella, que por sua vez estaria revoltada com o suposto relacionamento que existia entre seu esposo e Giovanna.

O promotor contestou as falas do réu de que não conhecia o local onde foi desovado o corpo de Giovanna e afirmou que ligações telefônicas comprovam que no dia do crime  ele esteve na rua Íris Alagoense, onde Giovanna foi raptada e vista com vida pela última vez.

Mirella Graconato deve ser julgada no próximo dia 11 de outubro.

O caso

Giovanna Tenório foi encontrada morta no dia 06 junho de 2011, em estado de decomposição avançado, num canavial, no município de Rio Largo. O corpo da estudante estava enrolado em um lençol e apresentava sinais de violência nas costas. Os peritos também encontraram um cordão de nylon no pescoço. A universitária estava com os mesmos trajes que usava quando desapareceu.

Antônio Bandeira e a mulher, Mirella Granconato tiveram seus nomes relacionados ao rapto e morte da estudante. Giovanna teve um relacionamento amoroso com o empresário que havia negado que era casado. A esposa de Antônio chegou a flagrar um encontro do casal quando estavam em uma casa noturna da capital. Testemunhas declararam que as duas teriam discutido bastante e chegaram a trocar empurrões. Dias após, Mirella teria chegado a ameaçar por telefone a ex-amante do marido.

No dia que a jovem desapareceu, ela teria avisado a família, antes de sair de casa, que não retornaria para almoçar. Este foi o último dia que amigos e parentes viram Giovanna com vida.

Antônio e a mulher alegaram, em suas defesas, inocência na participação desse caso. Os dois chegaram a confirmar um relacionamento dele com a estudante morta e as brigas de Mirella com Giovanna.

Em cumprimento ao mandado de prisão expedido pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Capital, Maurício Brêda, o caminhoneiro Luiz Alberto Bernardino foi detido, acusado de participar da trama que resultou na morte da estudante Giovanna Tenório.

O caminhoneiro, apontado como autor material do assassinato de Giovanna, vinha sendo monitorado eletronicamente. Ele foi denunciado pelo MP por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, sequestro, além do furto do celular que a estudante estava no dia em que desapareceu.

O laudo do Instituto Médico Legal apontou que a estudante foi assassinada por estrangulamento. Segundo a perícia, ela foi morta por asfixia com uma corda de nylon.

*Estagiário