Lava Jato vai disputar eleição 2018

10/09/2017 00:32 - Blog do Celio Gomes
Por Redação

Informações na imprensa confirmam as negociações entre partidos políticos e promotores da Lava Jato de olho nas eleições de 2018. Como já se especula há vários meses, Deltan Dallagnol e Carlos Fernando Lima, as duas figurinhas mais estridentes da República de Curitiba, estão a ponto de assinar uma filiação partidária. A dupla deve ingressar no Podemos, o novo nome do nanico e velho PTN.

É o caminho natural. Desde que a Lava Jato ganhou manchetes e holofotes, a dupla de colegas do Ministério Público Federal não faz outra coisa a não ser política. Não importa o assunto em debate, os dois correm às redes sociais para mais uma sessão de disparates e chiliques.

Os dois agentes públicos – que julgam e condenam sem provas, mas com muita convicção –, devem mesmo abandonar a carreira – para o bem do MP. Se a política vai melhorar com a contribuição de ambos, aí já não se pode garantir com a mesma certeza.

Ainda não é oficial, mas o sonho dos promotores seria ocupar uma cadeira no Senado. Se as alianças para isso não forem suficientes, um deles sairá para deputado federal. Tudo isso vai depender dos arranjos que as duas respeitáveis personalidades discutem com notórios caciques da politicalha nacional.

Diante do clima de fanatismo justiceiro, outros membros do MP, e também do Judiciário, estão empolgados com a alternativa de ter um mandato político. Um deles é o próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Consta que sua meta seria o governo de Minas Gerais. Mas agora, no olho do furacão, nocauteado pelos fatos conhecidos, o parceiro de Joesley Batista tem muitas dúvidas.

Outro que também recebe convites de algumas legendas é o controverso (e um tanto messiânico) juiz Sérgio Moro. Assim como os parceiros de Curitiba e da Lava Jato, ele já provou que adora expelir vereditos fora dos autos. Não resiste a um click em busca de curtidas. Mais por conveniência do que por princípios, Moro deve ficar onde está.

Nesse quadro desalentador, não haveria problema nenhum em eventual debandada de promotores e juízes rumo a partidos e a eleições. Trágico mesmo é que eles continuem vestindo a toga e, ao mesmo tempo, em escancarada militância, fazendo política 24 horas por dia.

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