O homem que perdeu a credibilidade
O noticiário das últimas horas informa que a Procuradoria Geral da República acaba de formalizar um caminhão de novas denúncias contra meio mundo de personalidades da política, incluindo a senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministros e os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.
Mais uma vez, como vem ocorrendo nos últimos anos, sobretudo depois da instalação da Lava Jato, todas as provas diabólicas têm como lastro a palavra de delatores, convencidos a falar pela turma de Rodrigo Janot. Delatores que, beneficiados pelo instrumento da colaboração premiada, esperam pelo perdão automático de seus próprios crimes.
Ora, o país acaba de descobrir que o senhor procurador-geral está desmoralizado, diante de tudo o que apareceu nas novas gravações com a voz de Joesley Batista – o sujeito que se apresentava como solução para limpar todos os males da vida nacional. O problema é que o açougueiro está muito mais para um gangster do que para exemplo de honestidade.
O novo cenário muda radicalmente as coisas. Parece inevitável concluir que o descalabro do acordo entre a PGR e os irmãos Batista fulmina a mais nova pirueta acusatória de Janot. Não porque os alvos sejam aqui antecipadamente tomados como inocentes. Mas, é bastante óbvio, porque os métodos da Procuradoria de Janot têm a credibilidade igual a zero.
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