Meu querido jornalista,Ricardo Mota, começo dizendo que sou sua fã e afirmando que assisti, atentamente, a entrevista sobre os últimos números da violência, em Alagoas, com o delegado José Carlos dos Santos, presidente do Sindicato dos Delegados de Alagoas,nesse domingo, 11/06, no Ricardo Mota Entrevista.
Assisti a entrevista e fiquei um tanto, militantemente, inquieta.
A violência, em Alagoas é uma sangria que mata, descaradamente e impunemente , as gentes segregadas e marginalizadas, as populações abandonadas nas periferias distantes, especialmente, jovens pretos e pobres..
A violência em Alagoas é marcada pela desigualdade social, que não se resume apenas a questões socioeconômicas, mas passa, fundamentalmente por dimensões socioculturais e étnico-raciais.
A violência em Alagoas é uma guerra injusta que se retroalimenta da naturalização e banalização social e do Estado,em relação ao crime de racismo.
E para dissecar essas questões proponho o convite a Carlos Martins, que é sociólogo , desenvolve pesquisas e ministra palestras nas áreas das relações étnicas raciais e segurança pública e militante do movimento negro para uma discussão sobre a violência étnica do Estado, no seu Ricardo Mota Entrevista.
Carlos Martins tem dois livros lançados, um deles chamado “Polícia e estigma: A construção do sujeito desviante”, fala sobre o o modelo de segurança pública em Alagoas que não contempla a população negra de forma protetiva.
Atualmente desenvolve atividades como docente na Faculdade Mauricio de Nassau - Maceió onde leciona as disciplinas sociologia, filosofia e ética, bioética, comunicação e expressão, projeto integrador, jogos empresariais, história geral da educação e empreendedorismo.
E foi o professor Carlos Martins que teve a iniciativa pioneira de criar a Liga Acadêmica de Raça, Etnia e Cultura (Larec) do Centro Universitário Maurício de Nassau em Maceió – UNINASSAU.
A LAREC é a única Liga do gênero nos Centros Universitários em Alagoas.
Meu caro, jornalista Ricardo Mota, que tal pensar a violência em Alagoas do ponto de vista do racismo?