Convidada pela TV Assembleia, em Maceió,AL para falar, como ativista e militante preta, sobre os 200 anos de Alagoas na perspectiva do olhar preto , para o jornalista Wendel Palhares,traçamos um paralelo sobre emancipação-liberdade-invisibilidade e exclusão social do povo preto.
Falamos da referência identificatória.
De Palmares e Aqualtune, mulher preta africana primeira comandante do Quilombo dos Palmares.Palco modelo das Américas da resistência de pret@s.
Falamos sobre a invisibilidades das políticas, o imobilismo que congela o governo e dos órgãos que deveriam ter expertises para combater o flagelo do racismo, e não o fazem.
Falamos dos nossos jovens mortos, sem direito à vida, a ter um futuro.
Nossos jovens que não ficam velhos e tem morte traçada pelo sistema.
Falamos das Alagoas que ignora a educação antiracista, Lei nº 10.639/03.
Falamos das Alagoas dos iletrad@s.
Dos analfabet@s, os de verdade e funcionais.
Desse povo que não participa da comemoração programada, repleta de palestras das gentes academic@s em ambientes refrigerados.
Até parece que a história das Alagoas foi produzida nas Academias e o povo que faz história é mero coadjuvante.
Falamos das Alagoas dos becos, esquinas, vielas, grotas, dos índios caetés que são partes constitutivas desse estado, mas continuam invisíveis.
Na entrevista para TV Assembléia falamos sobre uma outra bicentenária e ignorada Alagoas.
A entrevista aconteceu na, tarde da sexta-feira, 26/05, na sala Ubuntu da Biblioteca Graciliano Ramos no centro da capital Maceió,AL.
A sala Ubuntu foi criada a partir de um dialogo firmado entre o Instituto Raízes de Áfricas e a Secretaria de Estado da Cultura.