Irritados com tratamento recebido, vereadores convocam secretário para se explicar

16/03/2017 11:23 - Vanessa Alencar
Por redação
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Alguns vereadores de Maceió estão na bronca com o secretário de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs), coronel Ivon Berto. Ontem, a Câmara aprovou o requerimento da vereadora Silvânia Barbosa (PRB) convocando ele e o diretor de Convívio Social da pasta, Ariel Fernandes, para esclarecerem sobre os critérios para realização de eventos na capital.

Segundo divulgado pela assessoria de Comunicação da Câmara, Silvânia contou que, ao tentar a autorização para realizar um luau com jovens evangélicos, foi exigido dela cópias do RG, CPF e comprovante de residência.

Revoltada com a cobrança, que classificou de “absurda”, Silvânia disse que não é a primeira vez que encontra dificuldades para ter um evento liberado pela Secretaria. Ela espera que o secretário explique as razões para a exigência da identificação.

O presidente da Casa, Kelmann Vieira, destacou o bom relacionamento do legislativo com o executivo, mas, mandou seu recado: “Há setores na administração municipal que pensam que este Poder é subalterno, e estão enganados”.

Até o líder do governo, vereador Eduardo Canuto (PSDB), concordou com os colegas sobre a necessidade de os gestores da Semscs prestarem esclarecimentos na Câmara.

A burocracia é realmente um atraso de vida, mas, se a referida documentação é exigida de todos que pleiteiam autorização para utilizar os espaços públicos para eventos privados, a regra não valeria também para os integrantes da Casa de Mário Guimarães?

Antecipando o questionamento, Kelmann também falou sobre isso na sessão: “Quero deixar claro que não nos sentimos diferentes de nenhum cidadão comum desta capital. Porém, somos representes legais do povo e, como tal, temos a prerrogativa de fazermos os requerimentos e indicação que a Câmara achar necessários”.

O presidente espera que Ivon Berto apresente a lei que determina a exigência da documentação, mas, acha difícil que isso ocorra: “Porque a Lei Orgânica Municipal, que é a legislação maior de Maceió, nos confere a prerrogativa de fazer os pedidos como vereadores que somos”.

As informações foram divulgadas pela assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Maceió.

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