Brutal, feroz e emocionante, Logan se torna o melhor filme do gênero
É difícil escrever uma crítica quando se está emocionado e com um êxtase tão grande, porém decidi, assim que cheguei em casa, falar sobre Logan. Para um fã e crítico de filmes, a emoção não pode respaldar os aspectos técnicos de tal longa, mas quando tudo se encaixa perfeitamente os olhos brilham para o que a oitava arte pode nos proporcionar.
Logan é, sem dúvida e sem pestanejar, o melhor filme de super-herói já feito e, para mim, o melhor filme da minha vida. A despedida de Hugh Jackman como Wolverine é maior do que tudo que já foi entregue até aqui no gênero. Logan é mais que um filme de super-herói, é muito maior que um drama, na verdade é uma das coisas mais incríveis já produzidas.
No filme, Logan (Hugh Jackman) está abatido. No início ele está no banco traseiro de uma limusine que serve como meio de vida. É 2029 e ele está bêbado e ainda atordoado após traumas vividos anteriormente. Se levanta e vai até quatro ou cinco homens que tentam roubar os pneus do veículo. Ele pede para parar, os homens não ouvem e à queima-roupa disparam no peito direito um tiro de uma arma calibre doze. A cicatrização está difícil e mais lenta, mas mesmo assim ele é o Wolverine e se levanta logo em seguida. Sofre uma surra, mas ao ver que um disparo acertou sua limusine ele fica feroz e um banho de sangue jorra na tela. Sim, é, finalmente o filme para maiores perfeito que faltava ao Carcaju.
Todo o filme é desconexo de todo o universo X-Men por apenas ser excelente e altamente viciante. Foi algo sobrenatural, ninguém que ali estava atuando pareciam ser eles mesmos. Até o veterano Patrick Stewart, o professor Charles Xavier, fez a melhor atuação da sua vida. Todos eles arrancaram sorrisos, tensões, arrepios e, claro, muitas lágrimas. Quem diria!
Posso arriscar, desde já, que Logan vai ser um dos concorrentes a Melhor Filme no Oscar 2018. Não só ele, como também a Melhor Ator para Hugh Jackman, Melhor Diretor para James Mangold e Melhor Atriz Coadjuvante para Dafne Keen. Falando nela, uma prodígio surge assim como Jacob Tremblay em “O Quarto de Jack”. A garota foi espetacular a todo o momento, tomando até mais as atenções que o próprio Hugh.
A Fox e toda a produção de Logan definitivamente acertaram na escolha de Dafne para o papel de Laura, a X-23. Feroz, sagaz, tocante e de uma personalidade fortíssima, a atriz mirim parecia ser tão experiente quanto Hugh e Stewart. Palmas para James Mangold que finalmente desvendou e puxou pela raiz o que é ser o Wolverine ao transmitir tudo aquilo para os telões depois do pífio “Wolverine: Imortal”. Talvez até ele já sabia e com maior liberdade da problemática Fox pôde colocar tudo aquilo que o Carcaju e Jackman representam.
Foi o final de uma era de 17 anos ao melhor estilo. Hugh Jackman sai satisfeito, o público sai satisfeito e a crítica sai satisfeita. Todo elogio é pouco para o longa que tem força para bater de frente com os “favoritinhos” da Academia.
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