Brutal, feroz e emocionante, Logan se torna o melhor filme do gênero

02/03/2017 13:00 - Bruno Levy
Por redação
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É difícil escrever uma crítica quando se está emocionado e com um êxtase tão grande, porém decidi, assim que cheguei em casa, falar sobre Logan. Para um fã e crítico de filmes, a emoção não pode respaldar os aspectos técnicos de tal longa, mas quando tudo se encaixa perfeitamente os olhos brilham para o que a oitava arte pode nos proporcionar.

Logan é, sem dúvida e sem pestanejar, o melhor filme de super-herói já feito e, para mim, o melhor filme da minha vida. A despedida de Hugh Jackman como Wolverine é maior do que tudo que já foi entregue até aqui no gênero. Logan é mais que um filme de super-herói, é muito maior que um drama, na verdade é uma das coisas mais incríveis já produzidas.

 

Hugh Jackman

 

No filme, Logan (Hugh Jackman) está abatido. No início ele está no banco traseiro de uma limusine que serve como meio de vida. É 2029 e ele está bêbado e ainda atordoado após traumas vividos anteriormente. Se levanta e vai até quatro ou cinco homens que tentam roubar os pneus do veículo. Ele pede para parar, os homens não ouvem e à queima-roupa disparam no peito direito um tiro de uma arma calibre doze. A cicatrização está difícil e mais lenta, mas mesmo assim ele é o Wolverine e se levanta logo em seguida. Sofre uma surra, mas ao ver que um disparo acertou sua limusine ele fica feroz e um banho de sangue jorra na tela. Sim, é, finalmente o filme para maiores perfeito que faltava ao Carcaju.

Todo o filme é desconexo de todo o universo X-Men por apenas ser excelente e altamente viciante. Foi algo sobrenatural, ninguém que ali estava atuando pareciam ser eles mesmos. Até o veterano Patrick Stewart, o professor Charles Xavier, fez a melhor atuação da sua vida. Todos eles arrancaram sorrisos, tensões, arrepios e, claro, muitas lágrimas. Quem diria!

Posso arriscar, desde já, que Logan vai ser um dos concorrentes a Melhor Filme no Oscar 2018. Não só ele, como também a Melhor Ator para Hugh Jackman, Melhor Diretor para James Mangold e Melhor Atriz Coadjuvante para Dafne Keen. Falando nela, uma prodígio surge assim como Jacob Tremblay em “O Quarto de Jack”. A garota foi espetacular a todo o momento, tomando até mais as atenções que o próprio Hugh.

 

Dafne Keen é Laura, a X-23

 

A Fox e toda a produção de Logan definitivamente acertaram na escolha de Dafne para o papel de Laura, a X-23. Feroz, sagaz, tocante e de uma personalidade fortíssima, a atriz mirim parecia ser tão experiente quanto Hugh e Stewart. Palmas para James Mangold que finalmente desvendou e puxou pela raiz o que é ser o Wolverine ao transmitir tudo aquilo para os telões depois do pífio “Wolverine: Imortal”. Talvez até ele já sabia e com maior liberdade da problemática Fox pôde colocar tudo aquilo que o Carcaju e Jackman representam.

Foi o final de uma era de 17 anos ao melhor estilo. Hugh Jackman sai satisfeito, o público sai satisfeito e a crítica sai satisfeita. Todo elogio é pouco para o longa que tem força para bater de frente com os “favoritinhos” da Academia.

 

Nota 10 - Excelente

 

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