Caso a poderosa classe política alagoana tenha efetivamente preocupação com a nossa indústria do turismo, vai aqui uma dica para que possam agir: Não há mais voos diretos de Maceió para Brasília pela manhã, ida e volta.

As três companhias aéreas são a Avianca, a Gol e a TAM, sendo que esta última sequer faz o percurso diariamente. Caso o pacato cidadão deseje ir para o Distrito Federal pela manhã, tem que pegar um voo para São Paulo, ou embarcar no Recife.

Isso está ocorrendo depois que Maurício Quintella assumiu o comando do ministério dos Transportes e Aviação Civil e Marx Beltrão no do Turismo. Convenhamos, caro leitor, Maceió é um importante destino turístico e essa decisão faz com que o estado ande para trás, como um caranguejo.

Além desse “poder” no primeiro escalão do governo do presidente Temer, vale lembrar que o presidente do Senado, Renan Calheiros, também é dessas bandas. Também o governador Renan Filho e o prefeito reeleito Rui Palmeira precisam tomar uma posição e defender a indústria do turismo e os cidadãos.

Claro, muitas autoridades sequer usam aviões de carreira, caso concreto dos ministros e dos presidentes das duas casas do Congresso. Eles podem solicitar aviões da FAB (Força Aérea Brasileira).

Talvez por isso o silêncio das nossas autoridades.

Será?

Bom, em apenas cinco meses do atual governo os ministros usaram os aviões 781 vezes. Desse total, 238 voos ocorreram sem justificativa adequada nas agendas oficiais para as viagens, que tiveram como destino ou origem suas cidades de residência.

Os que mais usaram essa mordomia, que tem restrições, mas que deixaram de observá-las: Alexandre de Moraes, da Justiça, José Serra, das Relações Exteriores, Gilberto Kassab, Ciência e Comunicações, Henrique Meirelles, Fazenda, e Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo.

Segundo reportagem publicada pelo Estadão, “dos 24 ministros de Temer só três não deram margem para questionamento de sua conduta no uso da FAB: Torquato Jardim (Transparência), Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional)”.