Os candidatos da federação partidária PP-União Brasil  em Alagoas serão decididos pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) - como já publicado neste espaço (leia aqui) - e pelo presidente da executiva nacional, deputado federal Arthur Lira (PP-AL).

Caso o deputado federal bolsonarista Alfredo Gaspar (UB-AL) queira escolher livremente se disputa o Senado, outro cargo e até a reeleição poderia migrar para o PL de Jair Bolsonaro, certo?

Não, porque Arthur tem relação próxima com o ex-presidente, que lhe deve favores como ter engavetado centenas de pedidos de impeachment durante o seu governo perigosamente tresloucado.

E quanto à reeleição, esse direito não é mais do detentor do mandato. Agora quem define é a direção partidária.

Além disso, foi Arthur quem deu abrigo e estrutura para Alfredo se lançar candidato em 2022, após abandonar os Calheiros, e ser o segundo mais votado de Alagoas.

Contam, inclusive, que o  relatório de Alfredo Gaspar que aprovou a suspensão da ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no STF, foi articulado por Arthur Lira para agradar Bolsonaro.

Portanto, além da proximidade e do controle sobre o futuro de Alfredo Gaspar, o ex-presidente da Câmara tem o parlamentar como 'arma' para  preocupar o adversário Renan Calheiros (MDB-AL).

Davi Davino Filho, que trocou recentemente o PP pelo Republicanos, também seria a outra 'arma'.