O clima hostil entre os candidatos Rui Palmeira (PSDB) e Cícero Almeida (PMDB) dominou o debate, realizado pela TV Ponta Verde, na noite desta terça-feira (25). Em muitos momentos parecia que estávamos diante de um emocionante confronto entre lutadores de vale-tudo, durante uma entrevista coletiva para divulgar a luta.

Claro, os temas foram repetidos, mas era um contra o outro, cara a cara, a qualquer momento poderia ocorrer o golpe fatal, o nocaute. Tal clima contaminou, inclusive, a juíza do confronto, sem que isso afetasse o seu desempenho, mas era nítido que a temperatura estava quente e incomodava.

Pouco importava se as perguntas eram livres ou definidas anteriormente, havia sangue nos olhos dos combatentes, era ataque a contra-ataque a todo instante. Afinal de contas, falta pouco para a decisão do poderoso juiz, o eleitor.

Almeida tentou trazer o seu oponente para o seu jogo, para o seu terreiro, para o seu nível. Não conseguiu.  Haverá mais um debate e já está mais do que claro qual a tática de ambos, o que deverá ser mantido no último embate programado para a TV Gazeta.

Por conta das qualidades e defeitos dos candidatos ao título, do passado e presente e presente de cada um, realizações, amigos atuais e ex-amigos, histórico de problemas jurídicos graves, entre outras questões, só mesmo um milagre – de acordo com o que já foi mostrado na estratégia usada pelos dois combatentes que restaram nesse campeonato - poderá alterar o resultado divulgado pela última pesquisa do Ibope, que dá uma vantagem de cerca de 30 pontos percentuais pró Rui.

O leitor eleitor acredita em milagres?