É provável que nos próximos dias venhamos a conhecer, oficialmente, quem são o Santo e o Careca do PSDB. Os nomes deles foram encontrados em planilhas de construtoras, citadas na Lava Jato, que os beneficiaram com propinas.

Tudo caminha para que o primeiro seja o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O segundo seria o senador José Serra (PSDB), hoje ministro das Relações Exteriores do governo Temer.

O tucanato paulista está apavorado, tenso. É que o arrecadador de campanhas do PSDB, Paulo Vieria Souza, chamado de Paulo Preto, decidiu fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público.

Ele deve revelar que arrecadou recursos de construtoras em obras importantes em São Paulo – caso do Rodoanel e do metrô paulista, iniciados no governo do Careca Serra e concluído no do Santo Alckmin, entre os anos de 2007 a 2014.

Paulo Preto foi delatado pelo dono da Camargo Corrêa, Luiz Nascimento, e também citado por executivos da Odebrecht.

Nada disso soa estranho. Afinal de contas, desde metade do século passado quando iniciamos a nossa democracia de massa, é sabido que empresas privadas que fazem negócios com o poder público financiam políticos e partidos.

No entanto, esse modelo ruiu com Santos, Carecas e Barbudos.