O resultado da pesquisa Ibope/TV Gazeta referente ao segundo turno é simplesmente letal, de acordo com os números divulgados: Rui Palmeira (PSDB) tem 67% dos votos válidos. Cícero Almeida (PMDB) aparece com 33%.
E quando são considerados os votos totais, que é a inclusão dos votos branco e nulos, Rui Palmeira tem 56% das intenções e Cícero Almeida apresenta 28% dos votos.
Esses números significam que a eleição está praticamente definida, mas, cautela, não antecipadamente vencida. Só um ‘terremoto’ de proporções bíblicas seria capaz de alterar a tendência apresentada pelos números a apenas 12 dias da votação.
Porém, terremotos políticos acontecem. Pesquisa aponta apenas a tendência. Cabeça de eleitor na hora em que se depara solitariamente com a urna ninguém controla. Quem vota é o todo poderoso, mesmo que apenas por alguns segundos.
E são várias as explicações – sem falar dos processos em que Almeida é réu e condenado - para que possamos entender tamanha diferença. Uma delas é uma preocupação dos formadores de opinião com o poderio que os Calheiros conquistariam caso Almeida fosse eleito.
É o tal efeito Maranhão - que corre de boca em boca – onde a família Sarney dominou a política local e teve como consequência um estado entre os mais pobres do país. Além disso, boa parte dos políticos ligados aos Calheiros torce e trabalha contra Almeida.
A boca miúda reclamam da falta de valorização e apostam que esse quadro pode mudar com uma derrota na capital, ainda mais após resultados negativos em municípios como Arapiraca, Palmeira, Delmiro, entre outros.
Outro ponto a ser destacado é o fato de a campanha de Almeida não ter sido eficaz na comparação do período em que foi prefeito com a atual gestão. Some-se a isso a sua participação sem destaque nos debates do primeiro turno.
Quem empolgou no passado e até apareceu nas pesquisas na liderança para o governo do Estado, não mais consegue cativar o eleitor. Talvez também por já ter feito aliança e, em seguida, rompido com praticamente todos os atuais líderes políticos.
Agora, definitivamente o que Rui Palmeira não precisa neste momento crucial é colocar ao seu lado o senador Aécio Neves (PSDB), presidente nacional da sigla, e o ex-governador Teotonio Vilela, presidente do Diretório Estadual.
O primeiro é citado em denúncias na Lava Jato e de ter recebido recursos de construtoras na construção da Cidade Administrativa quando governava Minas, entre outras.
O segundo deixou o governo de Alagoas com um altíssimo índice de rejeição, especialmente em Maceió.
Tê-los no mesmo palanque é quase o mesmo que, hoje, o senador Renan Calheiros, por conta da crise política, econômica e das citações na Lava Jato, saísse pedindo votos para Almeida nas ruas e no guia eleitoral.
Nesse instante nenhum desses políticos cascudos soma coisa alguma.
Muito pelo contrário. Inclusive para o futuro.