Para tentar reverter a pequena intenção de votos dos partidos de esquerda, casos do PT e PSOL, nas duas últimas pesquisas eleitorais em Maceió, vai aqui uma dica: Vincular os três primeiros colocados – Rui, Almeida e JHC ao presidente interino Michel Temer (PMDB).
É uma estratégia que pode dar certo. É só lembrar que Almeida adorava Lula e depois Dilma quando era prefeito e agradecia entusiasmado pelos rios de dinheiro liberados para obras na capital. Não esquecer que depois, eleito deputado federal, votou para tirar Dilma e beneficiar Temer.
JHC é outro que seguiu a mesma linha. O seu voto serviu para alçar o presidente interino ao governo. Além do mais, tem umas fotos ótimas dele com Eduardo Cunha e o polêmico de extrema direita Jair Bolsonaro. Juntos os três ajudaram Temer.
Já Rui Palmeira pode ser citado como membro de um partido, o PSDB, que se aliou ao PMDB para beneficiar a chegada de Temer ao cargo. Ou seja, os três primeiros colocados nas duas últimas pesquisas podem ser vinculados ao atual e futuro presidente.
Duvido que Rui, Almeida e JHC vão querer, por conta própria, vincular os seus nomes ao interino em seus palanques ou em suas propagandas eleitorais. Os dados das pesquisas comprovam.
Só para lembrar, a última do Ibope, em Maceió, sobre a administração de Michel Temer: 33% consideraram péssima; 32% regular; 13% ruim; 11% boa; 7% não sabiam ou não responderam e 3% avaliaram como ótima.
Pois bem, há uma onda de rejeição fortíssima contra ele, o que o coloca como péssimo cabo eleitoral. Pesquisas do Ibope nas 22 cidades mais importantes mostram, em todas elas, inclusive onde o candidato do PMDB está bem, que as taxas de ótimo e bom atribuídas ao seu governo estão abaixo das taxas de ruim e péssimo. Deduz-se, portanto, que ele atrapalha qualquer candidatura.
É o caso da candidatura de Marta Suplicy (PMDB) em São Paulo. Ela está em segundo lugar com 17% de intenção de votos, com chances de ir ao 2º turno. No entanto, tem que ficar longe de Temer, se desvincular dele: 41% dos paulistanos julgam o governo dele como ruim ou péssimo.
No Rio de Janeiro, onde Eduardo Paes (PMDB) está tendo uma grande visibilidade por conta dos jogos, o seu candidato, Pedro Paulo é o quarto com 6%. A impopularidade de Temer é de 30%.
No Nordeste os números contra Michel Temer são ainda piores. Em Salvador, por exemplo, ACM Neto (DEM) tem 71% de ótimo e bom e deve ganhar no 1º turno. Mas Temer tem 53 % de ruim e péssimo.
No Recife tem 48% de desaprovação. Em Teresina são 49% de ruim e péssimo. 45% em Aracaju. 44% em Natal e 49% em Fortaleza.
Conselho: Se algum aliado de Rui, Almeida, ou JHC sugerir convidar Michel Temer para o palanque, ou de usar a imagem dele na campanha, só o faça caso deseje substituir o marqueteiro, pois este sofrerá um ataque cardíaco, ou de fúria.