Não ter adversários ameaçadores, ter um companheiro forte estruturalmente para pedir juntos os dois votos e um candidato a governador muito competitivo para somar apoios.
Renan Calheiros (MDB-AL) concorreu às eleições para o Senado sempre com duas vagas em disputa, após duas derrotas em eleições majoritárias, para prefeito de Maceió, em 1988, e, em 1990, para o governo.
Apenas uma vez foi o senador mais votado, em 2002. Téo Vilela ficou em segundo. Fernando Collor seria candidato ao Senado. Foi convencido pelos dois a disputar o governo com a promessa de apoio. Ficou só, e viu Ronaldo Lessa ser reeleito.
Em 1994 surfou na vitória de Divaldo Suruagy, governador eleito tendo como vice Manoel Gomes de Barros. Teotônio Vilela foi o senador mais votado.
Em 2010, Teotônio Vilela foi reeleito governador contra Ronaldo Lessa e o senador Fernando Collor. Os dois foram convencidos por Renan a disputar o governo.
Nessa eleição, Benedito de Lira foi o mais votado para o Senado. Ele teve um papel importante na desconstrução da candidatura de Heloísa Helena. Houve uma aliança informal de Lira com Renan Calheiros, que ficou em segundo.
Em 2018 Renan Filho foi reeleito para o governo. Outra vez Renan Calheiros ficou em segundo. Rodrigo Cunha foi o candidato mais votado ao Senado Federal.
O roteiro é quase o mesmo para 2026. Mudam os personagens, mas o inteligente e ambicioso Renan Calheiros luta para afastar ameaças.
Alianças, promessas, impedimentos de candidaturas, as cartas estão sob a mesa e o jogo sendo jogado com muita gente sendo deixada para trás, sem dó nem piedade.
Como ficarão nessa história Arthur Lira, Alfredo Gaspar, Davi Davino Filho, JHC, entre outros, saberemos ao final desse, digamos, script repetido com novos atores.