Assim que os senadores confirmarem o afastamento da presidente Dilma, marcado para o final deste mês, o governo de Michel Temer irá anunciar uma série de medidas, algumas delas já vazadas para a imprensa.
Caso do retorno da CPMF - que se der errado a alternativa será o aumento de impostos - novas vendas de ativos da Petrobras, abertura da exploração das reservas do pré-sal para a iniciativa privada, entre outras.
Temer também pretende impedir que a mesma pessoa que recebe uma aposentadoria não tenha direito a receber benefício, e vice-versa.
Outra medida que será lançada é um programa de redução de até 30% do salário e da jornada de trabalho por até seis meses. Justificativa é a preservação de empregos e dar tempo para que a economia melhore e possa reagir.
Entretanto, enquanto setembro não chega e Dilma não é definitivamente afastada, o governo do interino é, quase que diariamente, assustado pelos fantasmas da Lava Jato. Menos mal que essas notícias têm menor repercussão por conta dos jogos olímpicos.
É que, além das ameaças de delação premiada de Eduardo Cunha (PMDB), a de Marcelo Odebrecht e dos executivos da construtora já revelaram caixa dois de R$ 10 milhões para Temer, R$ 20 milhões para o ministro José Serra e também apoio financeiro para Marta Suplicy.
A senadora ex-petista, agora no PMDB para disputar a Prefeitura de São Paulo, teria recebido uma doação por fora de R$ 500 mil em 2010, quando concorreu ao Senado.
Dizem que as delações da Odebrecht ainda vão assustar bastante o esquema de financiamento de campanhas. Fantasmas, almas e cadáveres estão se levantando do purgatório e dos seus túmulos.
Dizem que nunca se vendeu tanto sonífero em Brasília como nos últimos meses. Os temores devem continuar ainda por um longo tempo.
E haja remédio.