Não exagera quem diz que temos vivido um período extraordinário, onde crises políticas e econômicas caminham juntas. O pior é que ainda não chegamos ao fundo do poço, ele está adiante, ainda. Mas não sabemos o que no final iremos encontrar.

Como afirmou nas redes sociais Moreira Franco (PMDB), assessor do interino Michel Temer, “a economia brasileira ainda irá piorar antes de começar a melhorar, em decorrência da crise política”.

Os ingredientes para isso estão postos, são visíveis. Eduardo Cunha, Dilma, Temer, Aécio e a Operação Lava Jato, que hoje (2) realizou a sua 33ª fase.

Na Câmara e no governo há um movimento para postergar a cassação de Cunha para depois da votação do impeachment da presidente. Caso esse objetivo seja alcançado, é quase certo que tais adiamentos terão continuidade.

Há quem afirme que o deputado afastado está preparando um dossiê com os nomes de todos os parlamentares que ajudou e fez favores. O motivo seria uma preparação documentada para um possível acordo de delação premiada.

Também tem sido dito que Cunha gravou uma conversa recente com Temer e teria cobrado apoio em troca do seu silêncio. O segredo a ser guardado seria sobre emendas que trabalhou para aprovar e que beneficiaram empresas que atuam no porto de Santos, que em troca liberaram recursos para o PMDB paulista.

Bom, trocando apenas de nome, e o senador Aécio Neves por onde anda? Tá silencioso, não é mesmo? Será que está passando por um período sabático?

É Improvável.

Aécio anda assustado com as delações sobre Furnas e sobre a cidade administrativa construída em Belo Horizonte quando governou Minas. Além disso, essa nova 33ª fase da Lava Jato mira membros do seu partido.

É Que a Queiroz Galvão, segundo a PF, realizou o pagamento de propina ao senador tucano Sérgio Guerra, falecido em 2014. O pagamento está comprovado por documentos e depoimentos de colaboradores, inclusive dirigentes de construtoras.

E o fundo do poço que não chega nunca!

Vida que segue.