O CadaMinuto recebeu uma denúncia, na tarde desta quinta-feira (21), de que uma criança de sete anos morreu devido à falta de tratamentos necessários e de especialistas na área de nefropediatria no Hospital Geral do Estado de Alagoas (HGE). O hospital, afirma que a garota morreu de infecção generalizada após uma cirurgia de apêndice.
A assessoria de comunicação do HGE informou, através de nota, que a garota veio a óbito depois de umas complicações pós-cirúrgicas após a retirada do apêndice e que só depois, foi constatado que a criança tinha problemas renais. Confira a nota na íntegra:
Ela chegou à unidade no dia 18 de junho de 2016 com dores abdominais em decorrência de uma apendicite, que culminou na retirada de seu apêndice.
Logo nos primeiros minutos que chegou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pedriátrica, a criança teve uma parada cardiorespiratória e após novos exames descobriu-se que passou também a sofrer de insuficiência renal aguda.
A partir desse novo diagnóstico, seção de diálise foi realizada, sob os cuidados da equipe de nefrologia do HGE. A gerência do HGE esclarece que os equipamentos necessários para a atuação da equipe de nefrologia está em funcionamento normal.
Segundo o relatório médico da criança, é solicitado que ela seja transferida com urgência para um serviço que atenda as suas necessidades. Além disto, o médico ressalta que o HGE não possui serviço de nefropediatria e nem hemodiálise na UTI pediátrica.
De acordo com a assessoria do HGE, não há um especialista na área de nefropediatria, mas, ainda em nota, afirma que a UTI pediátrica é o setor mais adequado do estado.
A gerência do HGE esclarece que a UTI Pediátrica é o setor mais adequado, indicado e disponível em Alagoas para tratar da patologia e reverter às consequências da infecção.
Outro caso
Em março deste ano, o juízo da 28ª Vara da Infância e Juventude deferiu, nesta terça-feira (29), o pedido da Defensoria Pública contra o Estado de Alagoas. Eles pedem a transferência de uma criança de três anos para um hospital que ofereça tratamento nefropediátrico no prazo de dois dias, já que Alagoas não possui um especialista desta área no Sistema Único de Saúde (SUS).
Colaboradora*