Os casos suspeitos de Chikungunya estão aumentando em grande proporção quando comparados a 2015, que registrou 127 ocorrências durante todo o ano. De janeiro a maio deste ano, já foram registrados 6.400 casos suspeitos da febre. Os bairros considerados nobres em Maceió foram os mais notificados, sobretudo a região da Ponta Verde.

Segundo a secretária estadual de Saúde de Alagoas, Rozangela Wyszomirska, alertou que os agentes de endemias e comunitárias estão com dificuldades para realizar as vistorias nestas áreas da parte baixa da capital. “Há muitas obras inacabadas, imóveis fechados, casas com piscinas que estão abandonadas, isso faz com que o mosquito da dengue se prolifere”, comentou. A secretária ainda pediu que a população ajude, evitando prováveis criadouros. 

A Servidora Pública, Maria Nascimento, de 65 anos, moradora do bairro da Cruz das Almas, foi uma das pessoas infectadas pelo vírus.

Há um mês e meio que Maria vem sofrendo com dores no corpo, inchaço nas pernas e uma dificuldade de andar. De acordo com ela, os movimentos dos pés e das mãos estão comprometidos, isso a faz depender de outras pessoas para ajuda-la. “Preciso de alguém até para abrir a porta da casa de tanta dor que sinto, parece que o remédio não faz efeito”, falou.

O médico de Maria receitou dipirona e bastante líquido, mas tem dias que as dores são intensas. “Parece que a Chikungunya vem e volta, há dias que tenho vontade de tomar outras medicações”, disse.

Idosos e crianças

Conforme a médica infectologista, Mardjane Lemos, os idosos e as crianças estão mais propensos a sofrerem com a doença. Afinal, a maioria dos idosos já possui alguma doença reumática e tanto eles, quanto as crianças, tem um sistema imunológico frágil. “Por causa disso, eles sofrem mais”, disse a infectologista.

Um ponto positivo para quem já teve ou está com Chikungunya é que uma vez afetada pelo vírus, não há o risco de pegar novamente. “O mosquito pode transmitir zika, Chikungunya e dengue, mas quem já foi infectado pela zika ou Chikungunya não pegará novamente, mesmo se for picado”, afirmou a Mardajane.

“O que não se sabe ainda é se o mesmo mosquito aedes aegypti tem a capacidade de transmitir as três doenças de uma vez, isso ainda é caso de estudo”, completou.

 

Colaboradora*