Proteção social e livre mercado: uma convivência possível

16/06/2016 09:03 - Diálogos e Debate
Por Diálogos e Debate

          Nessa quinta-feira trazemos uma novidade em nosso blog, uma redação de um dos nossos alunos do projeto paralelo: Redação em Debate. Lá, a fim de gerarmos argumentos para o nosso objetivo principal, a redação dos vestibulares, levamos à sala de aula diversos temas de suma importância no contexto sociológico atual, temas esses bastante semelhantes aos que debatemos aqui em nosso blog.

          E para rechear de bom contéudo nossa página, trazemos a redação do aluno Deryc Cleyner sobre o tema: "Proteção social e livre mercado: uma convivência possível". Confira agora a redação de nosso aluno na íntegra:

 

Redação do aluno Deryc Cleyner

          Sob a óptica dos filósofos iluministas, o Estado surgiu para garantir os direitos fundamentais, mas não deve interferir na economia. Dessa forma, torna-se possível conciliar a proteção social e o livre mercado. Porém, essa convivência encontra dificuldades no Brasil em razão da ausência de valores meritocráticos e das disparidades sociais e econômicas.

          No livro “Uma Teoria da Justiça”, o filósofo político John Rawls defende o liberalismo com o “princípio da igualdade de oportunidades”, em que o Estado teria a responsabilidade de capacitar os indivíduos de maneira justa. Em contrapartida, tal ideologia é vista como impossível no país, já que os brasileiros têm pouca confiança nas empresas privadas quanto no sistema de governo.

          Certamente, essa desconfiança é agravada devido às intensas desigualdades presentes na nação onde grupos reprimidos histórica e culturalmente são atingidos direta ou indiretamente pelas falhas sistemáticas na proteção social. Ao mesmo tempo, o acesso dessas pessoas ao mercado de trabalho se torna mais complicado, o que diminui a população economicamente ativa.

          Portanto, para que haja convivência entre proteção social e livre mercado, é necessário que o Estado garanta o acesso de grupos sociais excluídos ao ensino, utilizando-se de programas de incentivo de adesão às escolas e faculdades, além de melhorar as instituições educacionais públicas com reformas estruturais e pagamento de salários justos aos profissionais. Ademais, as ONGs precisam facilitar a divulgação de informações relacionadas às leis não regulamentadas, como o Imposto sobre Grandes Fortunas, para que a população cobre do governo a efetivação dessas leis, garantindo, assim, a equidade social.

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