Desde dezembro de 2010 a dezembro de 2015, Alagoas perdeu quase 500 leitos de internação disponibilizados através do Sistema Único de Saúde (SUS). O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou dados sobre uma pesquisa realizada em todo o país sobre a disponibilidade de leitos de internação, destinados a pacientes que precisam permanecer num hospital por mais de 24h horas.

Em 2010, Alagoas tinha disponíveis 5453 leitos e em 2015 passou a ter 4987, uma redução de 466 leitos de internação. No setor de leitos de observação, em 2010 eram 901 leitos, em 2015 passou a ser 1017, mostram um aumento de 116 pela rede SUS.

Na rede privada, Alagoas apresentou um crescimento de 589 leitos disponibilizados pelos hospitais particulares. Para o presidente do CFM, Carlos Vital, o levantamento mostra, em números, a falta de leitos vivida diariamente por médicos e pacientes nos hospitais brasileiros, o que acaba provocando atrasos no diagnóstico e no início do tratamento, aumentando a taxa de mortalidade.

“A insuficiência de leitos para internação ou realização de cirurgias é um dos fatores para o aumento do tempo de permanência nas emergências. São doentes que acabam ‘internados’ nas emergências à espera do devido encaminhamento para um leito adequado, correndo riscos de contrair infecções”, constata.

Dentre as especialidades mais afetadas no período, em nível nacional, constam psiquiatria, pediatria cirúrgica, obstetrícia e cirurgia geral. Já os leitos destinados à ortopedia e traumatologia foram os únicos que sofreram acréscimo superior a mil leitos.

No estado houve redução de 150 leitos para a especialidade de obstetrícia, 345 leitos para internação pediátrica e 119 leitos para outras especialidades.  

*Com informações do Conselho Federal de Medicina