A Santa Casa de Misericórdia de Maceió divulgou na manhã desta quinta-feira (07), que não foram identificados traços do vírus H1N1 nos exames de sorologia realizados no médico anestesista, Osman Catarina, de 60 anos, que faleceu na tarde desta quarta-feira (06). Apesar do diagnóstico, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) vai investigar o caso como suspeita do vírus. 

Ele deu entrada na Santa Casa de Maceió no último dia 26 de março com complicações respiratórias. Segundo o médico intensivista Alexandre Lopes, plantonista da UTI Neurológica da Santa Casa de Maceió, o quadro evoluiu para uma infecção pulmonar bacteriana grave (pneumonia).

O tratamento incluiu a administração de diversos antibióticos durante o período de internação, mas o quadro clínico do paciente não respondeu satisfatoriamente, levando o mesmo a óbito na tarde desta quarta (06/04). Exames de sorologia não identificaram traços do vírus H1N1 no paciente.

Outros três casos

Além do médico, outros três casos de H1N1, ou influenza A, estão sob investigação em Maceió. Segundo divulgou a Secretaria Municipal de Saúde, o monitoramento está sendo realizado por meio do Centro de Informações Estratégias e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs), setor que é ligado à Diretoria de Vigilância em Saúde da SMS.

Na capital, os mini pronto socorros Assis Chateaubriand e João Fireman e os Hospitais Hélvio Auto e o Hospital Geral do Estado (HGE), realizam esse monitoramento e coleta de material para análise. Os casos notificados ainda estão em processo de investigação, aguardando resultado laboratorial.

Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) da SMS, Eunice Raquel Amorim, a campanha anual de vacinação está prevista para o dia 30 de abril, podendo ser antecipada, dependendo do repasse das doses da vacina, feito pelo Ministério da Saúde (MS) e Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

A SMS informa ainda que o Tamiflu, antigripal utilizado no tratamento da influeza A (H1N1), mostra-se bastante eficaz em indivíduos hospitalizados e em estado grave, diminuindo o tempo de internação e de permanência na UTI. No município, o medicamento é fornecido de forma individualizada e não ficando disponível nas farmácias das unidades básicas de saúde.

A vacina

A vacina protege contra três subtipos do vírus da gripe (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Com a vacinação, é possível impedir que o vírus da gripe evolua para formas mais graves como pneumonia, por exemplo, entre outras complicações.

O Ministério da Saúde informa ainda que estudos apontam que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.