O aumento dos casos da gripe H1N1 tem deixado os brasileiros em estado de alerta nos últimos meses. Com o surto ocorrido no estado de São Paulo, que registrou 55 óbitos, Alagoas tem até agora, de acordo com os últimos dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), 24 casos notificados. Deste universo, três foram descartados e 21 estão aguardando o resultado dos exames que são realizados pelo Fiocruz, no Rio de Janeiro. Ainda segundo a Sesau, três óbitos podem ter decorrido da doença.
Geralmente, as ocorrências ganham mais força nos meses de outono e inverno. De acordo com o médico infectologista José Maria Constant, é preciso saber diferenciar a gripe de um resfriado. “Ambos tem os mesmos sintomas, não há um sintoma específico, a diferença é que o resfriado dura de três a quatro dias e tem uma evolução rápida, além de ser causado pelo rinovírus, já a gripe pode complicar levando até à pneumonia”, comentou.
Sintomas
A influenza é mais conhecida como gripe, porém é uma doença viral febril e benigna. Ela é marcada por dores de cabeça, tosse seca, dor de garganta, coriza, febre, tremores e calafrios. Em alguns casos, podem ocorrer diarreia e vômito.
Nos casos mais graves, foram relatadas doenças como pneumonia e falência respiratória. Ainda de acordo com o infectologista, a H1N1 pode durar mais dias e os sintomas persistem com a febre constante.
Transmissão
É transmitida da mesma maneira que a gripe comum. O vírus se propaga através de tosse ou espirro da pessoa infectada.
Grupos de risco
Segundo o médico, alguns grupos de pessoas estão mais propensos a serem as vítimas da gripe H1N1 e podem desenvolver complicações devido à influenza. “Grávidas, crianças, idosos, mulheres que fizeram aborto recentemente e população carcerária são alguns exemplos de grupos de risco que precisam tomar cuidado”, alertou.
Prevenção
É importante adotar alguns hábitos que podem contribuir para prevenir a doença, como por exemplo, a higienização das mãos, utilização de lenços descartáveis para a higiene nasal, manter os ambientes bem ventilados, evitar contatos com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe. Especialistas indicam que se deve evitar aglomerações e compartilhamento de objetos que a pessoa que está com a influenza tenha utilizado.
Vacinação
As doses da vacina contra a H1N1 só estarão disponíveis em unidades de saúdes municipais a partir do dia 23 de abril e a campanha ocorrerá do dia 30 de abril a 20 de maio. Enquanto isso, algumas clínicas particulares em Maceió já oferecem a vacina que custa em média R$ 100 e a procura tem sido grande.
Em contato com uma clínica pediátrica localizada na Avenida Jatiúca, o CadaMinuto foi informado que a vacina está sendo disponibilizada para crianças e adultos, entretanto ela está em falta e não há previsão de abastecer o estoque. Além disto, não há informações se o preço vai sofrer reajuste.
“A preocupação só aumenta. Tenho uma filha em idade escolar e sabemos que devido ao nosso clima as crianças ficam todas fechadas em salas com ar condicionado. O ambiente por si só já é propício para a transmissão de doenças, principalmente de origem respiratória. Só sossego quando conseguir imunizar minha filha”, desabafou a funcionária pública Cecília Macedo.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 444 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) pela Influenza A/H1N1 este ano. São Paulo teve o maior número de óbitos. Veja o gráfico.
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Colaboradora*