O Ministério da Saúde divulgou ontem (29) novo boletim epidemiológico dos casos suspeitos de microcefalia que estão sob investigação no país. No Brasil 4.291 casos são investigados e em Alagoas dos 251 casos notificados de 2015 para cá, 50 foram confirmados.
Segundo o novo boletim, Alagoas descartou 106 casos, investiga 90 e já confirmou 50 dos 251 notificados até o momento. No país todo, 944 foram confirmados e 1.541 descartados. Desde o início da investigação, em outubro de 2015, foram notificados 6.776 casos suspeitos de microcefalia. Os dados do informe epidemiológico do Ministério da Saúde são enviados semanalmente pelas secretarias estaduais de Saúde e foram fechados no último sábado, dia 26 de março.
Do total de casos de microcefalia confirmados, 130 tiveram resultado positivo para o Zika. Nestes casos, foi utilizado critério laboratorial específico para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Nesta semana, os estados do Acre, Amapá, Santa Catarina e Rio Grande do Sul informaram ao Ministério da Saúde a circulação autóctone do vírus Zika. Dessa forma, todas as 27 Unidades da Federação estão com circulação do Zika. Os 944 casos confirmados ocorreram em 358 municípios, localizados em 21 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraná. Os 1.541 casos descartados foram classificados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.
Até o dia 26 de março, foram registrados 208 óbitos (fetal ou neonatal) suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 47 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 139 continuam em investigação e 22 foram descartados.
O Ministério da Saúde disse ainda no boletim que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
*Com informações do Ministério da Saúde