Vossa Excelência não foi ao encontro marcado, na tarde da quarta-feira (9/03), no Auditório Aqualtune,  Palácio República dos Palmares,  com o povo preto dos quilombos  das Alagoas.

E  representantes de  todos os sessenta e nove quilombos  estavam lá,  encharcados de esperança,  à espera do Chefe do Executivo Estadual.

Os quilombolas  representaram, na contemporaneidade,  descendências dos povos que construíram  o primeiro Estado Negro das Américas, no Quilombo dos Palmares/Serra da Barriga,AL

 Um povo que resistiu ao escravismo  e a subjugação dos colonizadores.

O encontro, previamente marcado e confirmado,  com Vossa Excelência buscava romper a indiferença e a imobilidade estatal em relação as políticas de direito.

O silenciamento estatal , entre outras e tantos emaranhados de coisas,  são  asperezas políticas que machucam  a significante e substantiva história das Alagoas, de Palmares.

Circunspectos, os quilombolas alagoanos, não esconderam  a frustração cidadã.

E a reunião, desfocada, virou um território de desencavar  as muitas opressões entorpecidas pelos séculos de descaso, palavras apressadamente lançadas falaram de silêncios e racismo.

Racismo Institucional.

Em pleno século 21 a “fartura do nada”  nos quilombos alagoanos é uma constatação incontestável.

 Falta água. Falta luz. Falta o pão. Falta educação. Falta dignidade.

E  sobram reivindicações.

Os quilombolas em Alagoas travam a luta por uma cidadania que possibilitem  espaços fartos de direitos.

E  isso é tarefa do Estado Alagoano.

Será que isso demora a acontecer, Excelência?