Na manhã do domingo, 31/01, duas meninas e um menino, possíveis moradores de rua, tomavam banho na Lagoa da Anta, na Orla de Jatiúca, em Maceió,AL, poluída por excesso de coliformes fecais.
Uma obra da Secretaria de Estado da Infraestrutura de Alagoas (Seinfra-AL) entrou em contato com uma rede antiga de esgoto da Casal e causou um transbordamento, que matou dezenas de peixes e tartarugas que vivem no local, como também, envenenou a água.
Vi quando uma das meninas ingeriu a água poluída da Lagoa. O gesto da criança deixou um tanto chocada- literalmente a menina bebeu água de cocô.
Na manhã da segunda-feira, 01/02, liguei para o Hotel, em questão.
A funcionária Alexandra do setor comercial me atendeu e relatei o caso buscando um posição institucional.
Alexandra diz: “Em tese a Lagoa da Anta não é nossa. É pública. Temos uma concessão de uso porque está dentro da propriedade. Fazemos o possível para que ela se mantenha saudável, pois, também é cartão postal do Hotel.
Fomos nós que acionamos os órgãos públicos quando a contaminação começou, para que tomassem as devidas providências e o ecossistema se restabeleça.
A Lagoa da Anta hoje sofre uma violência ecológica.
Assim como a senhora, muitos hóspedes do Hotel, questionam o acesso de banho e pesca na Lagoa, mas, como é espaço público não temos o domínio sobre a proibição.
Se a Lagoa fosse nossa já teríamos cercado a área para despoluí-la e evitar o acesso”- acrescentou.
Apesar de não se apropriada para utilização, muita gente, ( os pobres) ainda pesca na Lagoa.
E outras crianças como aquelas três tomam banho e bebem água.
Bebem água de cocô.
E o Ministério Público por onde anda?
E a Secretaria de Estado da Infraestrutura de Alagoas o que diz?