De 27 a 30 de janeiro, o  produtor carioca, José Carlos Asbeg, da Palmares Produções e Jornalismo,  esteve em Alagoas, para  participar de reuniões com a Secretaria de Estado da Cultura , Secretaria de Estado da  Comunicação e representante da Fundação Cultural Palmares,  como também  conhecer “in loco” o território onde será gravada a obra documental seriada que tem o título de “Quilombo dos Palmares.’

Articulada pelo Instituto Raízes de Áfricas, junto ao jornalista Carlos Nobre, professor em culturas africanas pela PUC-RJ e  membro da equipe principal do seriado , a vinda do produtor a Alagoas tem um grande significado para a historiografia negra, pois, a gravação de Quilombo dos Palmares, a obra,  representa uma rica fonte de pesquisa, documentação histórica e desperta para o ensino da história ( Lei nº10.639/03), sobre  negros palmarinos que, segundo Voltaire Schhilling: “ Deram um exemplo de resistência à opressão quase sem paralelo da história latina... Foram as primeiras organizações sociais livres de que se tem conhecimento no Brasil e, no entanto, essa experiência não encontra registro significativo na história da nossa terra”.

Um dia após ( quinta-feira, 28/01), sua chegada, o produtor gravou uma entrevista para a TV Mar falando sobre o seriado, com cinco episódios e que será exibido pelo canal CURTA. A gravação na Serra está prevista para acontecer em meados do mês de agosto.

No sábado, 30, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, que possibilitou o transporte,  conheceu a  Serra da Barriga, que sediou a primeira República Livre e Negra da América Latina, o Quilombo dos Palmares.

Emocionado, José Carlos afirmou: ‘Esse é um momento faz muito esperado. Para mim é muito emocionante pisar no solo sagrado de Palmares”.

Durante  os quatro dias  em Alagoas , José Carlos  foi ciceroneado, por José Augusto dos Santos, membro do Instituto Raízes de Áfricas.

 

Sobre José Carlos Asbeg.

Roteirista, produtor, diretor cinematográfico, graduado pela Polytechnic of Central London, diretor do longa metragem e da série 1958, o ano em que o Mundo descobriu o Brasil, fotografo e produtor do documentário de longa metragem Cidadão Boilesen. Tem três prêmios de melhor filme (ABC  Brasil, Lá fora, 1958)