Vai a julgamento nesta quarta-feira (02), às 9h, na sede do DNOCS, em Palmeira dos Índios,  o ex-policial militar, Manoel Bernardo de Lima Filho,  acusado de assassinar José Cardoso de Albuquerque, pai do forrozeiro Geraldo Cardoso. Lima Filho será o único a sentar no banco dos réus em virtude do falecimento dos outros autores, a exemplo do delegado Ricardo Lessa e Antenor Carlota.

O homicídio aconteceu em 1989, no interior da loja Bilá Auto Peças no centro de Palmeira dos Índios. José Cardoso foi assassinado com vários disparos de metralhadora. Os autores intelectuais do crime, revelados após a prisão do autor Manoel Bernardo em 2008, e confirmado em depoimento de um colega de sela do réu, seriam o então chefe político e ex-prefeito de Quebrangulo Frederico Maia Filho, conhecido como “Mainha” e sua esposa Cleusa, ambos já falecidos.

Segundo o advogado da família da vítima, Thiago Pinheiro, o delegado da época foi denunciado ao Ministério Público por prevaricação.

“O delegado lotado na cidade onde ocorreu o crime, Eduardo Maia, chegou a ser denunciado pelo Ministério Público. Isso por não ter evitado o crime, bem assim restar configurado sua completa omissão nas investigações policiais que lhe cabiam, deixando mesmo para o assassino, Delegado Ricardo Lessa, a confecção do Inquérito Policial em que ele era o próprio executor do homicídio, verdadeiro absurdo”. afirmou o advogado.

O reú, Lima Filho,  ficou foragido por  anos, mas foi preso em  2008, na cidade São Paulo, próximo da ocorrência da prescrição do crime.  O réu voltou para  Alagoas e enquanto estava preso, confessou ter sido o autor material da morte do pecuarista, porém,  afirmou que agiu em legítima defesa, não sabendo explicar, contudo, a quantidade excessiva de tiros que atingiram  José Cardoso de Albuquerque, que se encontrava desarmado e acuado no local do fato.

 

*Com informações Estadão Alagoas