A sindicância instaurada pela Corregedoria Nacional de Justiça, sobre a suposta participação do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas e desembargador, Washington Luiz, no esquema que ficou conhecido como Máfia da Merenda, foi destaque na imprensa nacional. O SBT Brasil, apresentado pelos jornalistas Joseval Peixoto e Rachel Sheherazade, deu ênfase ao fato na noite desta quarta-feira (28).

A reportagem exibida mostrou que corregedora e relatora do processo que envolve o presidente do TJ, Nancy Andrighi, votou pela abertura do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e pelo afastamento de Washington Luiz do cargo de desembargador.

Após o pedido, a sessão foi suspensa. Os trabalhos devem ter retorno no dia 10 de novembro. O caso foi veiculado no Cada Minuto na noite dessa terça-feira (27).

A matéria ainda rememorou as suspeitas contra a ex-prefeita do município de Piranhas, interior de Alagoas, e atual Secretaria de Cultura do Estado, Mellina Freitas, que é filha de Washington Luiz. Ela é acusada de desviar quase R$ 16 milhões dos cofres públicos da cidade onde era gestora. Mais de 480 acusações foram feitas pelo Gecoc. 

O caso

Após uma delação premiada, Washington Luiz foi acusado, em 2013, de receber propina para facilitar a aprovação de processos à empresa SP Alimentação, que possuía atuação em Alagoas. À época, o Ministério Público determinou que a Prefeitura de Maceió rompesse o contrato com a empresa.

Segundo investigações do Ministério Público Estadual de São Paulo, a partir da quebra de sigilos telefônicos e bancários de suspeitos, a empresa SP Alimentação integrava um cartel que atuava em várias cidades, inclusive na capital alagoana, mediante o pagamento de propina. Todo o dia 10, a máfia pagaria propina de 15%, equivalente a R$ 35 mil, para a compra de alimentos de má qualidade e preços superfaturados.

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