Leonardo Lourenço da Silva, réu confesso do assassinato da nutricionista Renata Sá, ocorrido em junho de 2014, foi condenado a quase 30 anos de prisão pelo crime. A sentença foi proferida na noite desta segunda-feira (26), pelo juiz Jonh Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal. O advogado de defesa, Lucas Bonfim, disse ao CadaMinuto que irá recorrer da decisão. “A pena foi arbitrariamente imposta”.
Após ser adiado por uma semana e com atraso de mais de uma hora, a acusação foi feita pelo promotor de Justiça Marcos Mousinho.
A primeira testemunha a ser ouvida foi o primo da Renata, Victor de Almeida de Holanda. Em seu depoimento, Holanda falou sobre como recebeu a notícia do crime e descreveu a personalidade da vítima. "Eu estava em casa quando fui informado sobre o crime. Quando cheguei ao local, o corpo da minha prima já estava sendo recolhido. Muito triste. Renata sempre foi muito estudiosa, amável e pretendia se casar esse ano", relatou o primo da vítima.
A segunda testemunha ouvida foi José da Silva, que encontrou o carro da nutricionista próximo à oficina em que trabalha. Segundo Silva, o veículo foi localizado ainda com a chave na ignição e os faróis ligados. “Às 12h, saí para almoçar e o carro não estava. Só quanto voltei, já perto das 14h, percebi o veículo. Foi então que vi dois agentes da SMTT. A polícia foi acionada e então percebi do que se tratava”, relata.
A última testemunha ouvida foi a mãe da vítima, Vaneide Vieria de Almeida. Durante o relato, ela lembrou que dias antes da filha ser morta, havia alertado Renata de um estuprador que estava agindo na região do Farol. Mal sabia ela que o referido era o mesmo homem que iria assassinar Renata.
"Me dói mais, pois eu tinha alertado a Renata sobre esse monstro. Quando eu soube do crime contra a minha filha e que se tratava da mesma pessoa eu não aguentei. Se tivessem ido a fundo, nada disso teria acontecido", acredita.
O caso
A nutricionista, de 26 anos, foi abordada por Leonardo no bairro do Farol e de lá conduzida por ele até a porta de um motel no bairro da Santa Amélia. Em seguida, ela foi levada para um matagal onde foi executada a tiros. O corpo foi encontrado no dia 14 de junho do ano passado.
Segundo as investigações, ela foi assassinada por ter se recusado a entrar no motel. O réu confesso foi preso poucos dias após o caso e ainda tentou simular uma cena de latrocínio, levando os pertences da vítima.