A conhecida frase do apresentador de programas de auditório Abelardo Barbosa, o Chacrinha, “Quem não se comunica, se trumbica”, é mais do que atual, é reveladora. Comunicação, seja através de sinais, grunhidos, sons e fala, é o significado maior do desenvolvimento e da evolução da humanidade, da defesa de ideais e de ideias, enfim, da transformação, até chegarmos aos dias atuais com a tecnologia, ferramenta essencial pela qualidade e rapidez na difusão e no alcance da informação.
Os altos índices de rejeição e descontentamento com o governo Vilela é exemplar. Em oito anos de gestão teve uns seis a oito secretários, sem contar os interinos. Embora capazes, foram engolidos pelo domínio e ingerência autorizada de outros secretários e, principalmente, por auxiliares de 1º escalão do chefe do Executivo que não se comunicavam, não usavam os meios de comunicação para divulgar intensamente os atos do governo.
Mesmo com uma publicidade, em algumas mídias, de qualidade, o fato de não utilizar massivamente rádios, jornais, TVs, sites para defender e referendar ações levou o governo à derrota diante dos fatos negativos na saúde, segurança e educação. Esse foi o colapso na imagem governamental perante a opinião pública. Governo, secretários e diretores têm obrigação de defender as ações governamentais, caso acreditem nelas. E isso não ocorreu por falta de determinação. Por consequência, os fatos negativos levaram o PSDB a nocaute.
Tamanho e amador erro não deve ser cometido pelo futuro governador Renan Filho. E essa visão deve ter quem quer ser líder, estadista e ter um longo e vitorioso futuro político. Falar muito e sempre com jornalistas e todos os veículos. Assim como quem ele escolher como auxiliar. Essa é uma regra básica.
Agora, também é fundamental acertar na escolha do secretário de Comunicação. Esse profissional tem que ser da área e da confiança do governante. Para o futuro governo dois nomes vêm sendo especulados. Os dos Jornalistas Joaldo Cavalcante e Ênio Lins. Excelentes profissionais.
O primeiro foi secretário de Comunicação de Maceió e dos governos Lessa. Autor de livros, também atua em consultoria política e empresarial. Recentemente foi o responsável pela comunicação do candidato reeleito ao Senado, Fernando Collor. Mantém boas relações pessoais e profissionais com os Calheiros. Tanto que em 2012 foi convidado para a coordenação de comunicação do PMDB em Alagoas, o que significa que tem excelente trânsito.
Ênio Lins também transita com desenvoltura. Militou contra a ditadura como membro do PCdoB. Foi vereador por Maceió. Atualmente trabalha na Gazeta de Alagoas, onde já foi coordenador de conteúdo. Durante as eleições 2014 chefiou a assessoria de imprensa de Renan. Também tem boas relações pessoais com os sócios majoritários do Pajuçara Sistema de Comunicação, os Tenório. Recentemente prestou consultoria à empresa Sococo, também da família.
Ou seja, se o escolhido for um dos dois nomes será uma boa tacada pela qualidade e boas relações profissionais que mantêm. Mas será fundamental que o governo como um todo se comunique.
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