Marcos Romão, o sociólogo, jornalista e referência na militância negra no Rio de Janeiro, Brasil está carecendo do nosso olhar. Um olhar que atravessa o oceano de nossas diferenças e abraça a alma onde ficam nossas emoções de irmandade preta.

Hoje, Marcos Romão não carece dos  cantos de banzo,  e sim de  melodias e histórias que  falam de concentração de esforços, dos nossos esforços individuais de generosidade pra ajudar  o preto guerreiro.

Um preto guerreiro que traz em si uma das grandes heranças brotadas pelas experiências: a ousadia de ir além. De Hamburgo-Alemanha ao Rio no Brasil de Janeiro.

Vivendo no terreno inóspito de está como paciente de câncer, além da luta para vencer a doença, Romão trava uma batalha maior: a busca de recursos para prosseguir no tratamento.

É, como João Marcos Aurore Romão é um dos nossos bravos e combatentes militantes, como  porta  voz  que alimentou  e alimenta- com seu espírito destemido e corajoso- nossa vocação de pretitude essa é a hora de ajudá-lo.

 Vai lendo o que ele nos pede:

 “Preocupado com minha saúde, operações e o buraco financeiro que isto provoca, meu amigo Luiz Carlos Gá desencadeou uma campanha para que amigos me ajudassem.

Vi com alegria e esperada surpresa, que "gentes" de todo o Brasil começou a enviar suas pequenas contribuições, Como se diz, dividiram seus pratos comigo.

Tem dois anos que voltei ao Brasil e tenho não só vivido, como testemunhado o sufoco que amigas e amigos têm passado, quando uma intempérie na saúde familiar acontece.

Fiz como a maioria dos ativistas homens faz diante do choque. Sumi da cena, onde aparecia entrava mudo e saia calado. "Vergonha de pobre" como dizia meu avô, "Orgulho besta de macho", como dizia minha avó.

A jornalista Sandra Martins falou, deixa de ser besta, menino!

Tomei coragem e gritei por socorro nas listas antidiscriminação que participo. As respostas não só pecuniárias, mas, sobretudo de desejo de fé e esperança, me emocionaram e continuam emocionando.

"Você não está sozinho, Marcos Romão", é o resumo das mensagens recebidas até agora.

Desejo com meu gesto demonstrar que a solidariedade está aí, que o individulismo em nossa sociedade não venceu. Somos pessoas de carne e osso que vivem da relações de amizades, somos o que são nossos amigos e não heróis do "eu sozinho", famosos nas manchetes e perdidos nas solidão dos velórios, onde o grande comentário dos presentes é: "Mas eu não sabia que a situação estava tão braba, vi ele ontem atravessando a rua..."

Sinto que o SOS Racismo Brasil e a Rede Rádio Mamaterra vão continuar contando comigo. Mas, sobretudo vocês vão continuar com meu coração aberto ligado em vocês.

Asé, Shalom, Al-Akhbar, Sat Nam, Amén Porra que coisa linda!

Aos poucos meu estado de saúde melhora. O sufoco está nas minhas despesa extras de tratamento que apertaram meu pequeno orçamento de licenciado do trabalho.

Estou pedindo assim às amigas e amigos que me apoiem neste momento complicado depositando em minha conta o que puderem como doação de emergência.

A partir de 10 reais já ajuda, pois escrevo para vários amigo/as, o que pingar já é um bálsamo.Contando com o apoio que vier, um abraço.”

João Marcos Aurore Romão

Conta: 5925-0

Agência: 4459-8

Banco do Brasil