A campanha eleitoral completamente voltada para apresentação das qualidades e defeitos dos candidatos, ora heróis, ora vilões, ocorre na tela da televisão. Mais parece uma Sala de Justiça onde existe o embate entre acusação e defesa com os papéis também se invertendo.

O eleitor é o jurado e, ao mesmo tempo, o juiz que vai decidir se a pena será de culpado ou inocente, cujo resultado, vitória ou derrota, será anunciada no dia da eleição. No plano nacional Dilma e Marina deixaram Aécio comendo poeira. A propaganda na TV foi decisiva.

Aqui nas Alagoas, na Sala de Justiça, figuras estranhas, mocinhos e bandidos pousam de heróis. Só que a Sala de Justiça verdadeira foi a dos super-heróis Batman, Super-Homem, a estonteante Mulher-Maravilha, entre outros, nos desenhos animados nos anos 80 e 90.

Mas tem a Tela da Justiça apresentada pelo candidato ao Senado, Omar Coelho (DEM). Lá está ele balançando num cenário que lembra um Júri. Bom, pra quem já participou de um julgamento não é um lugar que as pessoas queiram estar por prazer ou diversão.

E quando se pensa em justiça também não se tem uma imagem agradável. Quem precisa do Judiciário sofre com a demora nas decisões, sente a falta de justiça. Além do mais, quando se é punido resta sempre a insatisfação por parte de amigos e familiares.

Portanto, não é um ambiente agradável. Nem tem a Mulher-Maravilha dos sonhos de tantos. Além da falta de apoios dentro do próprio grupo político ao qual está vinculado, talvez este seja um dos motivos que explique os pífios resultados do candidato revelados por todas as pesquisas feitas até o momento.

Quanta saudade dos super-heróis da Sala de Justiça, na minha Tela da Justiça. A Tv ligada e o lanche da tarde: banana machucada misturada com chocolate em pó. Um dia eu volto em definitivo pra casa, pra minha sala de justiça.

Enquanto isso, na Sala de Justiça...

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