Fazia tempo que não havia uma eleição pra governador tão chocha, tão sem graça e desanimada quanto à atual, especialmente se compararmos com as últimas quatro disputas anteriores.

Vários são os fatores, todos importantes. Primeiro, há um imenso descrédito com a classe política. Segundo, os impedimentos legais afastam o candidato do eleitor. Terceiro, a propaganda no rádio e na televisão virou um mundo perfeito de promessas irrealizáveis.

Quarto, os próprios candidatos. Sim, eles mesmos. Numa caminhada na praia, logo cedo, uma turma formada por engenheiro, juiz, empresário, aposentado, entre outros, comentava sobre o quadro eleitoral de forma crítica, reclamando da falta de opções.

Sobre os dois candidatos principais, Renan Filho (PMDB) e Benedito de Lira (PP), saiu a seguinte análise: “Se o filho ganhar, o pai é quem vai mandar. Se o pai ganhar quem vai mandar é o filho. Tamos é %$#@*&”, disse o engenheiro.

Estas são as opções postas à nossa mesa. O filho de um, o pai do outro. As demais candidaturas, na realidade, infelizmente são inexpressivas.

O fato é que um dos dois irá governar Alagoas pelos próximos quatro anos. Ponto final.

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