Ser Gay é Ser Alegre, Mas Não Representa Sempre Felicidade

04/03/2014 10:33 - Psicologia - Gerson Alves
Por Gérson Alves da Silva Jr.
Image

“Na minha família tem um viado macho!” assim um paciente iniciou um discurso durante uma sessão terapêutica. Fiquei sem entender até que ele explicou. Disse que um primo corajosamente declarou para toda a família sua homossexualidade e numa festa de fim de ano apresentou seu namorado deixando todos estupefatos e sem coragem de nada dizer. De fato este era um ser humano corajoso, mas qual a diferença entre a coragem e a inconsequência? Será que está no fato de planejar a vida e a autonomia até que se possa declarar para uma família e equilibrar as retaliações.

Todos nós desejamos a felicidade, mas o que precisamente é desejar a felicidade? Há quem pense que ser feliz é simplesmente o somatório de momentos de alegria. Mas, se assim o fosse, teríamos que admitir que um drogado que se destrói é feliz, mesmo este experimentando ansiedade e reconhecendo ser vítima de um processo que não consegue se libertar. Por essa razão, uma análise funcional nos indica que desejar a felicidade é o mesmo que discriminar que precisamos de consequências favoráveis ao nosso desenvolvimento e prazer.

O problema está no fato de nossa espécie ter evoluído de modo a sermos capazes de separar eventos que causam prazer (reforço) de eventos que estão associados ao nosso desenvolvimento e saúde.

O modo que o sistema nervoso central evoluiu faz com que mantenhamos o foco nas consequências imediatas, muito mais que nas de longo prazo. O organismo libera dopamina e outros neurotransmissores euforizantes sempre que este identifica a possibilidade de consequências que evolutivamente apresentaram maiores chances de sobrevivência. Funciona assim para o sexo, as comidas doces e gordurosas, além de muitos outros processos que as partes mais primitivas de nosso sistema identificam como úteis.

Evolutivamente falando, fazer sexo sempre que havia chances e comer o máximo de doces e alimentos calóricos era útil para o homem primitivo que não possuía recursos alimentícios tão disponíveis e vivia num ambiente hostil. Assim, quem mais tinha contato sexual aumentava as chances de deixar descendentes, do mesmo modo quem mais se empanturrava de comida calórica tinha mais chances de sobreviver aos períodos de privação que eram frequentes. A realidade ambiental mudou e o organismo continua funcionando de modo primitivo.

Os longos períodos de privação não mais existem para a maioria de nós, mas mesmo assim continuamos respondendo ao programa primitivo que nos indica para comermos ao máximo. Muitas reservas calóricas no organismo, sem que estas sejam utilizadas, acabam por prejudicar a sobrevivência muito mais que garanti-la, mesmo assim o organismo continua programado para procurar construir estas reservas, pois foi o que mais funcionou durante milhões de anos. Quando os organismos associaram prazer a consumo de alimentos hipercalóricos passou-se a garantir melhor a sobrevivência, mas o efeito colateral do excesso de consumo causando sérios prejuízos ao desenvolvimento e a saúde não foi contabilizado. Os excessos em sociedades/ambientes primitivos não eram sinais de destruição, pois as condições escassas impediam exageros. Organicamente não temos um botão que desliga nosso comportamento ou que evita o prazer quando certo processo ultrapassa o limite do que é útil ou simplesmente não tem função para a sobrevivência.

Eventos reforçadores/prazerosos não necessariamente nos tornam mais fortes ou favorecem o nosso desenvolvimento (SKINNER, 1987). A indústria alimentícia compreende tão bem este processo que tem se especializado cada vez mais em produzir alimentos que são prazerosos/gostosos (reforçadores), mas muito pouco nutritivos. Uma coca-cola zero, por exemplo, aparenta ter sabor doce, mas não possui glicose e seu potencial nutritivo é praticamente nulo. Na sociedade moderna, mais do que nas sociedades primitivas, prazer não está associado ao desenvolvimento humano. É certamente por esta dissociação entre prazer (reforço) e desenvolvimento (fortalecimento) que falamos em felicidade fugaz na hodiernidade.

O sexo, bem como outros processos que eram úteis ao homem primitivo (por exemplo, economizar esforço: preguiça), perdeu na atualidade muito da relação com a funcionalidade e se associa quase que exclusivamente a prazer fugaz. O sexo está evolutivamente associado a prazer e esta associação garante melhor a continuidade da espécie, é por essa mesma razão que ele não é tão prazeroso com qualquer pessoa. Uma pessoa que aparentemente não seja saudável ou que nos gere a impressão de pouca perspectiva, apresenta características mais aversivas que atrativas. Imaginem uma mulher/homem lindo(a), sedutor(a) e inteligente, pensar nisto provoca erotismo, porém, se ao imaginarmos esta pessoa bonita acrescentarmos a ideia de que ela está contaminada por HIV, parte de nossa mobilização erótica será anulada(1). Em suma, o sexo é prazeroso, mas este prazer pode ser potencializado pela leitura que o organismo faz de consequências maiores ou menores ao favorecimento da vida.

É muito comum encontrarmos quem diga que o importante é ser feliz. Porém, se não compreendermos o que de fato representa felicidade, estaremos associando esta meramente a prazer imediato. Por essa razão, felicidade foi apresentada aqui relacionada à obtenção de consequências que além de reforçadoras/prazerosas possam ser fortalecedoras (promovam o desenvolvimento). Associar felicidade exclusivamente a prazer é o mesmo que defender o uso livre de substâncias psicoativas que geram dependência. Quem usa cocaína experimenta prazer, mas longe de se desenvolver ou fortalecer, produz um processo de dependência destrutivo e mortal, portanto não é completamente correto dizer que um dependente de cocaína é feliz.

Os sistemas religiosos geralmente radicalizam modelos de vida com o argumento de não nos afastarmos daquilo que naturalmente fomos produzidos para fazer. As religiões ao longo de milênios mantêm tradições e impedem as massas de adotarem modismos que podem ser prejudiciais ao fortalecimento e desenvolvimento das pessoas. Entretanto, a maneira que as religiões garantem a manutenção de processos fortalecedores não é através de avaliações funcionais, mas simplesmente impedindo toda e qualquer mudança. Assim, tudo que soa diferente, mesmo que não cause prejuízos à sociedade, nem a curto e nem em longo prazo, será visto como anômalo, pecaminoso e herege. Existe algo de muito saudável no discurso religioso, mas o excesso de assepsia impede o desenvolvimento e fortalecimento dos agentes envolvidos. 

Toda sociedade estabelece padrões de comportamentos que geralmente foram validados ao longo de muitos anos garantindo a sobrevivência daquele grupo. Estabelecer padrões é mais econômico e por isso aparece como algo mais seguro. Todavia, a diversidade é o principal elemento que garante a continuidade da vida complexa como a nossa. Pessoas que possuem anemia falciforme podem ser consideradas anômalas, mas em regiões africanas assoladas pela malaria estas pessoas possuem uma resistência natural e não adoecem. A diversidade que parece trazer prejuízos é na verdade uma diferença no formato das hemácias que garante uma sobrevida maior em certas regiões. Então, mesmo parecendo ser interessante os padrões comportamentais que são ditados pelas culturas sociais e religiosas, a diversidade biológica e comportamental continuará sempre existindo, pois ela é uma garantia para a sobrevivência.

Queremos que todas as pessoas pensem e desejem do mesmo modo, pois nos parece mais seguro, mas não é assim que funciona. Os estudiosos das ciências jurídicas, os religiosos e os ortodoxos possuem muita dificuldade em compreender a diversidade. Queremos que todos os meninos gostem de meninas e que todas as meninas gostem de meninos, na maioria das sociedades ocidentais não-indígenas queremos mais, queremos que um menino goste apenas de uma menina e a menina goste apenas de um menino, mas infelizmente o programa básico de sobrevivência nos direciona de outras formas. Ou melhor, programou as pessoas de formas diferentes.

A sexualidade humana é um desses terrenos de interface biológica e social/comportamental que está profundamente marcado pela diversidade que nos ajudou a sobreviver enquanto espécie até hoje. Geralmente um homossexual ou uma pessoa que possua padrões comportamentais sexuais diferentes dos comumente encontrados no seu grupo social/religioso terá como primeira grande dificuldade se perceber e se aceitar como diferente. Não é fácil se afirmar de modo diferente da maioria, visto que estamos programados para sobreviver procurando proteção e afirmação em um grupo. Observem que a maior parte dos homossexuais que conseguem se afirmar e se aceitar como tais, quase sempre encontram apoio em um grupo ou em uma família que os aceitam do modo que são. Observar-se como algo que foge os padrões socialmente estabelecidos irá inevitavelmente aproximar este indivíduo de aversivos (rejeições, preconceitos, negação de direitos humanos), sem o apoio de um grupo ou família fica sempre mais difícil.

Poderíamos achar que seria mais fácil para estas pessoas simplesmente se enquadrarem no modelo comportamental dos grupos dominantes, isto é, dos comportamentos padronizados. Se o importante é ser feliz, porque uma pessoa vai se posicionar de modo contrário ao que todos fazem e sofrer inúmeros aversivos por isso?

Primeiro, devemos entender que o comportamento das pessoas não é determinado apenas por suas aprendizagens, mas também por um conjunto de variáveis filogenéticas (evolutivas) e sociogenéticas (sociais). Em suma as pessoas não são livres para escolher o que querem ser, elas respondem na verdade a uma série de variáveis biológicas, sociais e de aprendizagens. As variáveis filogenéticas/evolutivas praticamente determinam o que será prazeroso para nós, por isso é tão difícil modificar padrões estabelecidos biologicamente. As variáveis de aprendizagem e as culturais/sociais são uma espécie de atualização do sistema, que modificarão o caminho para conseguirmos os elementos básicos, mas não modificarão as consequências primárias que precisamos. Por exemplo, o homem primitivo gostava tanto de doce (presença de glicose) quanto o homem moderno, todavia a forma que o homem primitivo fazia para conseguir doce (pegar colmeias ou frutas) era completamente diferente da que o homem moderno faz (arranjar dinheiro para trocar por açúcar ou algo que o contenha no supermercado), do mesmo modo o elemento em que encontram esse doce pode se modificar conforme a cultura e momento histórico (mel, frutas, refrigerantes, chocolates, etc.). As formas podem ser mais saudáveis ou menos saudáveis, mas o elemento primário, a glicose, ainda continua sendo o principal combustível da célula e por esta razão o organismo ler como prazeroso o seu consumo.

Com o sexo não é diferente. Teremos cérebros com direcionamentos reprodutivos gradientes masculinos e cérebros com direcionamentos reprodutivos gradientes femininos, além destes teremos cérebros masculinos que aprendem a ter prazer com o mesmo sexo e cérebros femininos que também sentem prazer com o mesmo sexo. Assim, um sujeito que aparentemente possui uma estrutura física masculina, não necessariamente possui um sistema nervoso central masculino que traça como alvo sexual o feminino. Homossexuais masculinos quase sempre apresentam cérebros que estatisticamente são mais comuns no feminino no modo de funcionar e se estruturar, não há nada errado nisto. Aliás, definir feminino e masculino aqui é complicado, por isso estamos apelando aqui para o modo operante mais comum, a moda estatística. Mas, o ponto chave é, uma vez que este cérebro discrimina seu alvo sexual ele funciona semelhante à glicose, procura caminhos diferentes para ter acesso à mesma coisa. Evidentemente existem muitas variações e efeitos condicionados neste processo, mas estou me referindo aqui àqueles indivíduos que lutam contra direções sexuais que sentem e mesmo assim possuem muita dificuldade em controlar. Muito de nosso comportamento é resultado de acionamento ambiental de certas matrizes (conexões neuronais) que foram modeladas filogeneticamente gerando inúmeras possibilidades. Ninguém nasce gostando de doce, mas nasce com uma estrutura que ao entrar em contato com o doce no paladar fecha um circuito que o estabelece como uma substância vital. Ninguém nasce homossexual, mas alguns nascem com uma estrutura que se reforça com facilidade ao apresentar comportamentos com alvo sexual do mesmo sexo.

Por essa razão a homossexualidade é uma descoberta também para o homossexual. Gradativamente eles vão percebendo que respondem diferente da maior parte das pessoas a certas cadeias de estímulos. A maior parte então se sente em conflito, pois gostaria de responder do mesmo modo que os demais, porém seu desenvolvimento é atípico. Este conflito não é diferente daquele que ocorre com homens heterossexuais que são educados dentro de uma cultura monogâmica. A monogamia tornou-se regra em certo momento histórico, por razões que aqui ficaria cansativo explicar, mas não é a direção biológica mais comum nos machos mamíferos. Assim, os homens heterossexuais que se determinam a serem monogâmicos e não possuem déficits de testosterona, experimentam certo grau de conflito. O caso é tão sério que muitos homens heterossexuais mentem ou vivem sem assumir compromissos para não se chocar com os aversivos culturais.

Com este conflito entre o que somos direcionados biologicamente e o que é aceito ou recomendado socialmente o que precisamos fazer para sermos felizes? Já vimos que ser feliz não é permitir vazão ao prazer exclusivamente. Todavia, não podemos considerar que anulando completamente o que nos indica prazer conseguiremos nos desenvolver (ser feliz). Continuemos tomando como exemplo a homossexualidade para resolvermos esta questão. Sabemos que um relacionamento homossexual não gera descendentes, portanto biologicamente falando esta relação é resultado de um desdobramento evolutivo diferente do procriativo, ou seja, quando organismos começam a discriminar que o prazer é resultado da manipulação dos órgãos sexuais independente com o que seja, a homossexualidade e a masturbação tornam-se uma possibilidade. De modo geral, para nós e para outros primatas o contato sexual não adquire apenas valor procriativo, mas também funções reguladoras dentro do grupo. Não fazemos sexo apenas para gerar filhos e não estamos deixando de nos desenvolver por isso. Porém, a felicidade não estar em ter acesso sexual, mas em perceber que fazemos coisas e temos acesso a pessoas que nos possibilitam se desenvolver.

Um ser humano independente de ser heterossexual ou homossexual se sentirá mais feliz se estiver se relacionando com pessoas inteligentes e que também apresentam possibilidade de desenvolvimento. Todavia, viver sem trabalho, economicamente dependente de terceiros, não planejar sua própria vida e viver entregue apenas a prazeres imediatos sem calcular sua vida em longo prazo é de fato afastar a felicidade no sentido em que estamos apresentando aqui. Ser feliz envolve capacidade de planejar, ter autocontrole e ao mesmo tempo capacidade de se afirmar.

Um homem casado que sai com mulheres escondido de sua esposa de modo irresponsável e causa prejuízos econômicos à dinâmica familiar, não é um corajoso, é um inconsequente. Já um homem que não mente e procura planejar sua vida estabelecendo relação solida com mais de uma mulher e sem mentir para si e para os outros precisa ser avaliado diferente. Tanto entre os homossexuais como entre os heterossexuais teremos pessoas com dificuldades de se afirmar. Mas, se afirmar não é jogar tudo para cima, o nome disto é irresponsabilidade e inconsequência. Auto-afirmação é antes de tudo planejamento de vida deixando claro para os envolvidos qual a direção que se toma. Para fazer isto é necessário calcular bastante o peso da própria vida, sua condição financeira e a maneira que está interagindo com os demais (se apresentando).

As dores, os desconfortos da vida, o envelhecimento, o adoecimento vêm para todo mundo, por isso ser feliz não é se eximir de sentir dor, desconforto, envelhecer ou adoecer. Ser feliz implica numa capacidade ampla de dimensionar a vida e viver cada fase da melhor maneira possível, sempre promovendo um progresso intelectual e físico para si e para os demais. Mártires são felizes não é porque se escusam de sofrimentos, mas porque entendem que o sofrimento é parte de um percurso que os leva a uma finalidade previamente traçada.

Homossexuais ou heterossexuais polígamos não são seres que vivem exclusivamente em função do prazer imediato. Esta associação gera a percepção social de que existe algo de descontrolado e pouco planejado na vida destas pessoas. Independente de ser homossexual ou não o que de fato é ojerizável é a falta de auto-controle e a busca de reforçadores/prazeres imediatos sem calcular relações mais amplas. Por exemplo, um garoto de três anos tinha um professor de natação homossexual, conforme relatos do seu pai, isto não o preocupava pois ele sabia o caráter idôneo daquela pessoa, mas ele não gostaria de ver seu filho bolinado. De outro modo uma mãe relatou com bastante fúria o caso de um professor de educação física que tocava intimamente sua filha de dez anos. Vejam, o ponto problema aqui não é ser hétero ou homossexual, mas a falta de auto-controle de uma pessoa. Crianças simplesmente não estão amadurecidas para contatos sexuais, precisam desenvolver muitas outras habilidades e maturar uma série de funções orgânicas para só então começarem a ser provocadas sexualmente. Qualquer pessoa, independente de homossexual ou não, que provoque crianças demonstra incapacidade de controlar-se e consequentemente não respeita o lugar do outro colocando o seu prazer em primeiro lugar independente dos danos que causem. Pessoas assim acabam construindo um caminho ruim com grandes prejuízos e rejeições.

Um aluno certa vez relatava seu grande sofrimento por rejeições familiares que envolviam uma homossexualidade que ele tentava combater. A orientação dada por especialista direcionava a atenção do aluno para uma série de negligências em sua vida e não para a homossexualidade. O mesmo então passou a atentar que poderia melhorar e planejar sua vida como um todo. Dentro de pouco mais de um ano ele passou em um concurso público que tinha começado a se preparar quando percebeu suas negligências. Cresceu muito como pessoa e melhorou bastante o seu trato com os demais sem exigir tanto que as pessoas o acolhessem. Após algum tempo ele relatava os grandes progressos de sua vida e o sentimento de felicidade sólida que agora ele experimentava. Qualquer pessoa que queira aceitação e ao mesmo tempo não se direcione para o auto-controle e privação de reforçadores imediatos em privilégio dos de longo prazo, terá muita dificuldade em ser feliz de maneira sólida.

Muito ainda há a falar sobre este tema, mas por hoje é suficiente. Assim eu avalio, assim eu conto para vocês!

       

Nota:

(1) O prazer será reduzido, pois o mesmo evolutivamente se associou a indicativos orgânicos de desenvolvimento e não de anulação. Pessoas que possuem uma visão mais ampliada do funcionamento do HIV, podem reagir de modo menos aversivo, visto que entenderão com mais facilidade que a presença do vírus não necessariamente configura o quadro patológico.

 

Referências Bibliográficas

Skinner, B. F. (1987), What is Wrong with Daily Life in the Western World? in: Skinner, B. F. Upon Further Reflection. Englewood Clifs (New Jersey): Prentice Hall, p.15-31.

Your alt text

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..