Copiando uma ideia que deu certo no Rio de Janeiro, o então prefeito de Maceió nos anos 90, Ronaldo Lessa, proibiu a circulação de veículos aos domingos no trecho logo após a praia dos Sete Coqueiros até próximo ao Clube Alagoinhas.

Assim como no Rio, tal decisão logo caiu no gosto das famílias, dos turistas, dos jovens, adultos, idosos, da criançada e dos empresários. A pista interditada virou local de lazer, de encontros, de apresentação de bandas e orquestras e também para a prática de esportes.

Entretanto, a atual gestão municipal parece ter abandonado o espaço, de acordo com o que me foi relatado por um morador da região que não quer ter o seu nome divulgado. Eleitor do prefeito Rui Palmeira (PSDB), depois de ver o problema ser repetido, decidiu, no domingo, fazer a sua rotineira caminhada dos Sete Coqueiros até o Posto 7, na Jatiúca, pra reafirmar o que já havia percebido.

Toda extensão do calçadão estava ocupada por vendedores ambulantes circulando com seus carros de mão vendendo água, acarajés, pastéis, coco verde, CDs e DVDs, cervejas, enfim. Alguns até anunciando seus produtos através de um sistema de som lá nas alturas.

O calçadão, que deveria ser um local para caminhadas, corridas e para passear estava, digamos, interditado. A pista para quem gosta de andar sobre rodas - skates, patins e ciclistas, idem.

Um só homem da guarda municipal ou da SMCCU – Superintendência de Controle e Convívio Urbano, não foi visto atuando. Ou melhor, no trajeto foi observado que três carros, sendo dois da guarda municipal e um da SMCCU, estavam estacionados em frente a Márcio Rapôso, na sombra, embaixo dos coqueiros do canteiro central. Eram seis homens. Alguns tomando água, outro deitado no banco traseiro de uma Kombi.

Enquanto os homens do município descansavam, os vendedores ambulantes incomodavam as pessoas que usavam a pista interditada na Pajuçara. Atrapalhavam as crianças que pedalavam, sem falar no risco de acidentes. Na ciclovia o inferno também era grande.

Certamente o prefeito Rui Palmeira não sabe de tudo que ocorre em sua gestão. Ele não tem o conhecimento de que os responsáveis pelas duas pastas citadas não estão fazendo com que os seus colaboradores cumpram os seus papéis. E as reclamações feitas por moradores, donos de hotéis, bares e restaurantes estão sendo dirigidas ao prefeito. Resumindo, SMCCU e Guarda Municipal estão prejudicando a imagem do gestor.

E isso é tudo que um político profissional que inicia a construção de sua imagem pública não quer: Ter a sua imagem arranhada enquanto gestor. E isso está ocorrendo no momento em que o prefeito Rui sequer completou 10 meses de administração.

Como se diz no popular, “Rui Palmeira está levando bola nas costas”.