Tudo como antes no quartel de Alagoas.

21/07/2013 16:31 - Prof. José Queiroz
Por José Queiroz

Olá,

O mapa da violência no Brasil divulgado mais uma vez esta semana,  mantem a nossa capital como a  mais violenta do Brasil, aliás, temos tido a incompetência de nos mantermos nesta posição já faz alguns anos.

O  marketing nos ensina que o esforço desprendido para se chegar ao primeiro lugar em qualquer mercado é descomunal, mas ao contrario do que se pensa, ao chegar no topo despendemos muito mais esforço para nos mantermos. Será que é o caso da nossa segurança pública?

Quero crer sinceramente que não. Acredito que esta posição humilhante não agrada a maioria dos lideres que enfrentam este problema. Acho que falta liderança com atitude para empoderar a equipe da segurança para os resultados que a sociedade almeja.

Senão vejamos. O Primeiro ponto que já tive a oportunidade de falar aqui neste espaço: não é possível tratar dos aspectos externos sem antes equacionar os internos. Vou ser mais claro.

Como resolver a questão da segurança pública sem: pessoal suficiente; treinamento; estrutura física – aí reunindo tudo, prédios,  moveis, armamentos, veículos, comunicação, etc; remuneração adequada; incentivo adequado; reconhecimento e punição?

E não é preciso estar tudo a mil maravilhas não, mas é preciso o mínimo para mudar a percepção dos liderados de que a coisa é para valer mesmo. Pelo visto neste ponto continua – ”tudo como antes no quartel de Abrantes”.

O segundo ponto que observamos é a famosa integração do aparelho da segurança publica que ainda não aconteceu. Não vejo todos os atores integrados, inclusive fisicamente. Estados que estão conseguindo um bom resultado contra a criminalidade têm ambientes    compartilhados pela: Policia Civil, Militar, Guarda Civil,  MP, judiciário e quem mais de direito.

Tudo é feito ali naquele espaço: o juiz expede o mandato de prisão, a Policia Civil e  Militar prendem, o delegado faz o inquérito, entrega alí mesmo ao juiz, o Ministério Publico presente se manifesta e em pouco tempo  a resposta é dada e a impunidade é logo combatida.

Temos um Plano, é verdade, mas não temos quem  o executa na sua inteireza. Defendo que enquanto as condições para a tarefa não são dadas, a cobrança por resultado não pode prosperar e não havendo cobrança de metas claras, os resultados que colhemos são os mesmos, alias, se o que queremos é um resultado diferente temos que fazer diferente.

Tratando a segurança pública de Alagoas da forma que temos tratado nestes últimos anos, os resultados que alcançaremos serão os mesmos: A Capital mais violenta do Brasil.

 

Não tá funcionando? Que tal ousar e fazer diferente!

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