O Secretário-geral, Gilberto Carvalho representou a República Federativa do Brasil no  dia 29 de junho, na  21ª Marcha para Jesus, na zona norte de  São Paulo.

A marcha traz em si , a incorporação dos valores ultraconservadores, segregadores, racistas, homofóbicos  e excludentes  que prega o pastor Marco Feliciano, agora bem posto na cadeira da Comissão de Direitos Humanos da Câmara .

Feliciano quer transformar o Brasil em uma República de Jesus, decretando assim o fim  da laicidade do estado brasileiro.

A presidência da República Federativa do Brasil tem conhecimento do que é laicidade ou a  pandemia da violência que surge com a intolerância religiosa aos ditos  diferentes  no país abençoado por Deus e de uma natureza- permanentemente –estuprada pelo homens?  Talvez, não!

A 21ª Marcha para Jesus, ocorrida na zona norte de  São Paulo,  serviu como uma espécie de desagravo a Feliciano,  o pastor-deputado e  presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, por ter  chancelado a aprovação do projeto apelidado de "cura gay" na Comissão de Direitos Humanos.

O mais inquietante disso tudo é que  a presidência da  República  enviou representante   para normatizar o olhar sobre a questão.

Essa ostensiva participação  expõe as fronteiras conceituais e políticas do governo da República Federativa do Brasil?

Senão por que cargas d’água esse mesmo governo nunca esteve solidário aos terreiros quebrados  pela enxurrada de preconceitos que orienta a fúria de multidões fundamentalistas e desumaniza pessoas?

Senão por que esse mesmo governo fica impávido diante da brutalidade opressiva que tira vidas e mais vidas de  jovens negros, indígenas e gays?

Afinal para que gritar “Fora Feliciano” se  existe o silêncio conivente das autoridades da República Federativa do Brasil e a bancada política que dá apoio a essas bárbaras violações aos direitos humanos de alguns segmentos do povo brasileiro?

A República Federativa do Brasil ainda tem caminhos longos a  percorrer.

Muitos caminhos...