Comitiva Pernambucana conhece a política de acolhimento para dependentes químicos desenvolvidos pela SEPAZ

12/06/2013 12:51 - Bispo
Por Blog do Bispo
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As estruturas física e organizacional do programa Acolhe Alagoas, junto com a integração da rede de atendimento, impressionaram a comitiva pernambucana que esteve nesta sexta-feira (07) em Maceió para conhecer a política de acolhimento para dependentes químicos desenvolvidos pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado de Promoção da Paz (SEPAZ). O grupo, composto por 36 pessoas, entre eles toda a Frente Parlamentar de Combate ao Crack da Câmara de Vereadores do Recife, percorreu o caminho de um dependente que procura o serviço de acolhimento.

Os vereadores e representantes das secretarias municipais de Saúde e Assistência Social, Tribunal de Justiça de Pernambuco, Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil foram recepcionados na sede da Secretaria da Paz, no Farol, onde receberam informações gerais sobre a SEPAZ e a proposta de acolhimento enquanto prevenção social à criminalidade e violência. E ficaram bastante impressionados com o que ouviram.

“As informações que eu tinha do projeto eram muito boas e eu confiava também no secretário Jardel, já tinha tido contato com ele em eventos de políticas sobre drogas ao redor do Brasil. Mas ao chegar aqui, percebemos que o projeto é ainda maior do que aquilo que esperávamos. O Acolhe Alagoas é muito bom e o nosso desejo é poder levá-lo para o Recife, pois é um projeto importante, que com certeza está ajudando muitas famílias e pessoas dependentes do crack. O acolhimento feito em Alagoas é um projeto de sucesso e para nós é uma honra termos vindo aqui conhecer”, disse o vereador Luiz Eustáquio, presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Crack.

Os pernambucanos ficaram especialmente interessados na integração da rede de atendimento aos dependentes químicos, com a participação de serviços e equipamentos e assistência do Estado e município. “A parceria entre os Anjos da Paz e as Bases Comunitárias da Polícia Militar também é interessante, enquanto o papel das bases comunitárias como ponto de apoio para o trabalho das equipes”, disse a vereadora Priscila Krause.

Exemplo para o Brasil

Também acompanharam representantes de instituições que atendem dependentes químicos em Recife, o deputado federal alagoano Givaldo Carimbão, relator do projeto de lei 7663/2010, recentemente votado pela Câmara e que alterou a Lei de Drogas do Brasil, e o deputado federal por Pernambuco, Pastor Eurico.

“O modelo de controle e acompanhamento dos dependentes químicos que passaram pelo Acolhe Alagoas deve ser copiado não só por Pernambuco, mas servir de modelo par ao Brasil, porque não larga o dependente após o tratamento, mas acompanha durante a reinserção por um longo período”, disse o deputado Pastor Eurico.

O exemplo a ser seguido foi apontado também pelo juiz Flávio Fontes, titular da Vara de Execuções de Penas Alternativas do Recife e coordenador do Centro de Justiça Terapêutica do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

“Alagoas representa atualmente um paradigma para o país. A política de drogas aqui do estado realmente é impressionante, vocês conseguiram unir vários setores da sociedade e instituições públicas e privadas e com isso conseguiram trabalhar em torno do mesmo ideal. Não é à toa que os números alarmantes de homicídios e crimes contra o patrimônio têm caído aqui assustadoramente. Vocês estão de parabéns”, declarou o juiz Flávio Fontes.

Fortalecimento do serviço

Para o secretário Jardel Aderico, o interesse de mais um estado no Acolhe Alagoas apenas um dia após o lançamento de programa similar no Espírito Santo aponta para o fortalecimento e legitimação do serviço de acolhimento ofertado em Alagoas.

“É um sentimento de colaboração, de saber que toda uma aprendizagem que a gente vem desenvolvendo vai cada vez mais se legitimando, se aprofundando e mostrando, até para nós mesmos, qual é realmente a importância do trabalho de acolhimento”, declarou Jardel.

Ele destacou a confiança crescente que a sociedade, as famílias e os próprios dependentes químicos vêm depositando no Acolhe Alagoas. “Encoraja-nos muito observar que o serviço vai sendo compreendido pela comunidade e isso é difícil quando se trata de governo em geral, porque é comum as pessoas desconfiarem do serviço público. Então oferecer um serviço que, mesmo com todas as suas dificuldades, conseguiu construir um laço de confiança com essa população que hoje sofre por causa das drogas, é um reconhecimento muito grande”.

Texto:

ASCOM- SEPAZ

Mariana Lima

 

 

 

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