A Importância da Família no Processo de Recuperação do Dependente Químico

05/06/2013 15:37 - Bispo
Por Blog do Bispo
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Atualmente o que mais se discute em todo país é qual a melhor forma de internamento, de tratamento, quais os melhores métodos, qual o tempo ideal, enfim, o que pouco se discute é de que forma devemos dar um suporte adequado aos familiares (co-dependentes) dos dependentes químicos.

O que tenho observado em minha experiência e convivência dentro do processo de recuperação de dependentes químicos é a extrema importância do papel da família dentro desta corrida contra a conquista do que se havia perdido no período do uso abusivo de substâncias psicoativas.

A família é sem dúvida um dos pilares no processo de recuperação durante e pós-tratamento, porém, o que dever ser feito é investirmos cada vez mais em atividades e/ou programas psicossociais que venham beneficiar, apoiar, orientar, capacitar e estimular os familiares (co-dependentes) para que saibam lhe dar de forma assertiva com os dependentes químicos em recuperação.

Infelizmente um dos fatores que dificultam este processo de recuperação não apenas dos dependentes químicos, mas também de seus familiares (co-dependentes) é a falta de preparação dos mesmos para saberem lhe dar com tamanha complexidade desta patologia.

Para alguns autores cabe a família a responsabilidade de preparar os indivíduos para viver e conviver com seus pares, porém, quando falamos de algo que atinge milhares e porque não dizer milhões de pessoas é necessário nos conscientizar que o meio, más companhias e a falta de uma orientação adequada influenciam os mesmos a desviar-se para um caminho que se não for interferido a tempo poderá não ter volta.

O desejo da família é extremamente forte para que ocorra um desenvolvimento progressivo e evolutivo dentro do processo de recuperação, mas, o que podemos notar é o total despreparo destes para saberem lhe dar com um dependente químico em recuperação, porém, o que mais é evidente é a falta de confiança acarretada a uma forte influencia negativa acarretada pelo período de adicção associado a uma série de comportamentos inadequados apresentados pelos  ex- usuários.

No entanto o que devemos buscar é uma forma eficaz de pode contribuir para que os familiares aprendam a respeitar o estado atual do dependente químico em recuperação, bem como, compreender seu importante papel dentro deste processo evolutivo. Porém, o que não devemos esquecer é que não podemos depender apenas do poder público, pois, se cada um fizer seu papel social (se informar dos grupos de auto ajuda) com certeza teremos um resultado satisfatório ou ao menos mais confortável.

Texto:

Edilson Lima – Psicólogo Clínico, Especialista em Dependência Química no Estado de Alagoas e Pernambuco, Mestrando em Educação, Coordenador de Curso de Capacitação em Dependência Química, Fundador e Presidente do Grupo RELUZ (Grupo de Formação de Agentes Multiplicadores no Combate ao Uso Abusivo de Drogas licitas e Ilícitas). 

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