A situação de centenas de pessoas, mulheres, homens, jovens, idosos e crianças que vivem e sobrevivem pelas ruas de Maceió são a consequência de perdas, sofrimentos, injustiças, maldades e ausência de respostas por partes das famílias, comunidades e do poder público.
Viver ou sobreviver na rua pode levar a pessoa à loucura, à solidão, ao isolamento, à discriminação e ao preconceito que nega e mata.
Espero que a administração municipal, que se iniciou em Janeiro de 2013, leve em conta os projetos anunciados durante a campanha eleitoral.
Que em conjunto com a sociedade civil, elabore e implante um Plano Municipal de Atenção à População de Rua para que haja ação articulada de governo.
A administração municipal e a sociedade maceioense precisam qualificar-se humana e politicamente para que a população em situação de rua seja respeitada e acolhida em sua densidade e necessidades.
Que todos tenham direito de comer, dormir, sonhar e dançar, que possam cantar e andar pelas ruas da cidade, ter lugar para morar, de viver sem medo, de abraçar e ser abraçado, sentir a vida e ser cidadão.
Recuperar nossa criatividade, audácia política, mobilização e trabalho coletivo serão os grandes desafios que teremos pela frente.