Quem tem acompanhado o mundo do MMA, principalmente do UFC, tem visto que o cenário está mudando. Um especialista só em boxe, jiu-jitsu, muay-thai e wrestling não reina mais soberano como antes. Como em toda profissão, é preciso se aperfeiçoar, se especializar em outras áreas.
O posto de detentor de cinturão não é permanente, um soco, um golpe qualquer que seja, pode acabar com uma luta. Novos nomes estão surgindo e os “medalhões”, aos poucos estão perdendo espaço, com exceção de Anderson Silva, que parece ser um extra-terrestre, sem dúvida o melhor lutador do esporte em todos os tempos.
Me motivei ma escrever sobre essa fase do MMA, do UFC mais precisamente, após duas lutas do último final de semana. Primeiro, o veterano havaiano, BJ Penn, que vinha rivalizando com o canadense Rory MacDonald, ameaçou retornar com pompas, mas foi “atropelado” pelo jovem rival.
A luta foi tão tranqüila para Rory, que depois, na coletiva de imprensa, o presidente do UFC, Dana White recomendou que Penn voltasse a se aposentar, diante da pouca movimentação e ritmo quer mostrou no combate.
Não tão discrepante, mas uma prova de que as coisas estão mudando, foi a luta entre o brasileiro, ex-campeão do Pride e dos meio-pesados do UFC, Maurício Shogun Rua, contra a revelação sueca, Alexander Gustaffson.
Na última luta de Shogun, muito superior ao americando Brandon Vera, o condicionamento físico do brasileiro foi questionado, uma vez que cansou e fez outra luta nervosa e sangrenta, não tanto quanto contra Dan Henderson, mas, emocionante.
Shogun prometeu e não cumpriu uma luta melhor neste final de semana. Foi dominado totalmente pelo “Mauler” Gustaffson, que levava para o chão, batia e saia e agora é o “Top Contender” da categoria dos meio-pesados, contra o campeão Jon Jones ou seu desafiante Chael Sonnen, que lutam em abril.
Tantos outros nomes da velha guarda ainda continuam na busca por espaço, mas o tempo é cruel. Nomes como Wanderley Silva e Rodrigo Minotauro ainda lutam contra a longevidade, mas essa luta é quase que perdida, basta esperar o tempo.
Vitor Belfort é um dos nomes mais antigos do UFC, desde 1998, que ainda se mantém lutando em alto nível, mas, volta a lutar em janeiro contra Michael Bisping e na minha opinião, é muito favorito.
Resumindo, a torcida pelos brasileiros do MMA é incessante, mas é preciso ser realista quanto ao tempo e efetividade destes no cenário mundial, diante dos novos, dispostos e completos nomes que estão surgindo!
Vale a pena ficar ligado!