A temporada 2012 da Fórmula 1 se encerrou em 25 de novembro com o Grande Prêmio do Brasil, mas uma atitude de Michael Schumacher na prova ainda não foi esquecida pela Ferrari. Presidente da montadora italiana, Luca di Montezemolo admitiu a decepção com o piloto alemão, que reconheceu ter facilitado a ultrapassagem do compatriota Sebastian Vettel no final da 20ª e última etapa do calendário da categoria.

Segundo publica o site do jornal italiano TuttoSport, Di Montezemolo afirmou que esperava "uma última corrida diferente para Michael, um piloto que fez parte da história da Ferrari". O dirigente ainda disse que falava sobre o assunto "com um pouco de amargura".

Na 65ª das 71 voltas programadas para o GP do Brasil, Vettel ultrapassou Schumacher em um momento no qual o Circuito de Interlagos tinha a pista molhada devido à chuva que aumentada em intensidade. O piloto da Red Bull estava no sétimo lugar, sendo ameaçado pelo japonês Kamui Kobayashi, da Sauber, e poderia perder o título se cruzasse a linha de chegada em oitavo.

Com Schumacher à sua frente, Vettel encontrou poucas dificuldades e assumiu a sexta posição, o que obrigava Fernando Alonso a vencer para ser o melhor da temporada - como o espanhol terminou no segundo posto, o alemão pôde comemorar o tricampeonato mundial com três pontos de vantagem sobre o rival da Ferrari.

Schumacher, que encerrou a carreira sendo o sétimo colocado da prova com a Mercedes, é amigo de Vettel e parabenizou o colega pela nova conquista na F1. "Na minha situação, e com ele buscando o titulo, acho que foi natural abrir caminho para ele. Eu não precisava me envolver nisso", comentou na ocasião.

Schumacher, 43 anos, é o piloto que mais disputou corridas pela Ferrari na história da categoria, com 180. De seus sete títulos mundiais, cinco vieram pela equipe, em 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004. Nessa época, Di Montezemolo já era o presidente da montadora, tendo assumido o cargo em 1991.