PMs são flagrados torturando pessoas já rendidas na capital
Um dos momentos mais fortes da gravação é quando um dos policiais saca uma arma de choque e aplica na altura do pescoço de um dos homens que está ajoelhado. Depois de um grito de dor e pavor, o homem se contorce e cai com a potência da descarga elétrica.
Estas cenas chocantes rodaram o Brasil e o mundo, vamos fazer uma analise deste episodio.
A Secretaria de Defesa Social de Alagoas recebeu 100 armas de choque e spray de pimenta para conter dependentes de crack em casos de “necessidade”.
Os profissionais que irão abordar os usuários e, se necessário, usar as armas, irão passar por uma capacitação de um mês para poder manuseá-las. “Os profissionais estão recebendo conhecimento da filosofia sobre trabalho comunitário”, explicaram as autoridades da Secretaria de Defesa Social.
A utilização das armas de choque é uma polêmica entre os estudiosos. Para o psicólogo Lourenço Leirias o uso de taser demonstra falta de sensibilidade e despreparo das autoridades para tratar os dependentes químicos.
“Para que faça uso adequado dessa arma, o Policial Militar terá que ter conhecimento sobre o que é uma dependência química, como agir adequadamente diante de um dependente químico, ele precisa entender que ele próprio, o Policial Militar, está sendo vitima de um sistema irresponsável, uma vez que, antes da repressão, tem que ter uma política adequada de prevenção, de tratamento e de repressão ao tráfico, a repressão deve e tem que atuar contra o traficante e não contra o dependente químico”. Afirma o psicólogo.
Como então o Policial Militar torna-se vitima?
Quando ele recebe uma arma deste tipo para ser usado contra o Dependente Químico, sem ter o devido conhecimento sobre a problemática da Dependência Química.
Quanto ao fato ocorrido e divulgado nacionalmente, onde aparecem Policiais Militares fazendo uso destas armas de choque contra pessoas já detidas e dominadas, na periferia de Maceió, em algum lugar no bairro do Trapiche da Barra, onde foram responsabilizados diretos pela ação, Indagamos?
Quem forneceu e autorizou que estes Policiais Militares fizessem uso destas armas também não teriam sua parcela de responsabilidade diante dos fatos ocorridos?
Para o bem de todos não houve vitimas fatais, mas, poderá haver futuramente, pois já aconteceu em outros países, inclusive recentemente com um brasileiro na Austrália.
Mas como sempre a corda arrebenta do lado mais fraco e o culpado, nestes casos, será sempre o soldado.