A família brasileira não quer essa dor – Não a Descriminalização das Drogas

01/10/2012 16:20 - Bispo
Por Redação
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A FAMÍLIA BRASILEIRA NÃO QUER ESSA DOR – NÃO À DESCRIMINALIZAÇÃO

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JOELMA DA ROCHA NUNES
Psicóloga – CRP 15/2523

Não é novidade para ninguém, que a Droga vem devastando famílias e uma sociedade inteira, interrompendo sonhos e acelerando a morte de inúmeros jovens. 

A realidade, que muitos ainda desconhecem, é que as vidas ceifadas não são apenas as dos usuários, mas também de seus familiares, com suas vidas sem perspectivas, esperanças e entregues ao abandono.

Quando um membro de um núcleo familiar inicia seu processo de uso de drogas, pelo menos um de seus entes adoece também, dando origem à Codependência, uma doença emocional com sintomas tão concretos, quanto os da dependência química.

Ao participar passivamente, do processo de destruição de seu filho, pai, esposa, neto, o codependente se isola, toma medidas desesperadas, adoece física, emocional, psicologicamente e espiritualmente. Encontra-se como um refém, de mãos atadas.

Refém da vergonha, pois é apontado na sociedade, da culpa que insiste em acompanha-lo, da raiva, pois mesmo sem fazer uso da droga, tem sua vida transformada por ela, e mais ainda, refém do medo, medo de ter sua casa invadida por traficantes, medo do telefone, que insiste em trazer noticias ruins e medo de que aquele “ inferno”, não tenha fim.

Em muitos casos, submetem-se a acompanhar o usuário nos locais de venda, as chamadas “bocas”, na tentativa de protegê-lo, colocando pelo menos duas vidas em jogo, a dele e a sua.

Uma das maiores dificuldades encontradas seja na prevenção, ou no tratamento da dependência química, é a disponibilidade e facilidade de acesso às drogas.

A cada vez que o dependente químico sai de casa, seu familiar reza, para que ele consiga dizer não, as várias ofertas e tentações apresentadas seja no caminho, ou mesmo dentro de casa, trabalho, Igreja, escola.

Chegamos num ponto onde ver jovens fumando maconha nas varandas de apartamentos, mulheres grávidas com seus cachimbos nas esquinas e jovens sendo executados à queima roupa, viraram cenas banais.

Caso estas situações sejam além de banais, legalizadas, a luta destas famílias ficará cada vez mais difícil e perderá a força.

Me pergunto se o pequeno grupo de pessoas, que defendem a descriminalização das drogas em nosso país, conhecem de forma concreta, o sofrimento destas famílias e as lágrimas de uma mãe, diante de sua desesperança, ao ver a destruição de seu filho a cada dia.

Se pensaram nas esposas, filhos, netos, avós de indivíduos, que convivem cotidianamente com a facilidade e grande oferta, destas substâncias.

Já é muito difícil, sobreviver numa sociedade onde o álcool é lícito, e mais ainda, obrigatório em festas, comemorações e até mesmo, eventos esportivos. Imaginem então, a impotência de nossas famílias, diante de seus dependentes químicos, caso as outras drogas sejam cada vez mais disponíveis e legais.

NÃO, nós não queremos a Descriminalização das Drogas no Brasil, não queremos assistir de braços cruzados jovens se matando, com consentimento de nossa constituição.

JOELMA DA ROCHA NUNES
Psicóloga – CRP 15/2523
 

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