O cara começou a morrer no dia do aniversário. No auge dos parabéns pra você o coração o traiu. Teve um infarto entre o bolo e os brigadeiros. A vela que celebrava a vida marcou o caminho da partida.
Era moço o cara- que começou a morrer no dia do aniversário- cheio de uma vida militante, amado e querido por tantos, entre estados e diferenças.
A morte é uma senhora tensa e silenciosa que se mete no caminho da vida- sem ser chamada e emudece planos de futuro.
O cara se foi uma semana depois, transitando entre essa ponta do planeta e outra de caminhos eternos.
Tinha ainda a idade do futuro, o cara que começou a morrer no dia do aniversário. Jovem. Não ficará velho.
Não, nós não somos infinit@s.
Percebeu?